Lochte perde apoio de quatro patrocinadores após confusão no Rio - Gazeta Esportiva
Lochte perde apoio de quatro patrocinadores após confusão no Rio

Lochte perde apoio de quatro patrocinadores após confusão no Rio

Gazeta Esportiva

Por Redação

22/08/2016 às 12:42 • Atualizado: 23/08/2016 às 11:09

São Paulo, SP

Lochte perdeu apoio de uma das principais marcas de material de natação do mundo (Foto: Martin BUREAU/AFP)
Lochte é dono de 12 medalhas olímpicas, sendo seis ouros (Foto: Martin Bureau/AFP)


O nadador norte-americano Ryan Lochte perdeu quatro de seus principais patrocínios por causa dos atos de vandalismo e da falsa comunicação de crime nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016. A Speedo, marca de material esportivo, a Ralph Lauren, marca de roupas mundialmente conhecida, a Syneron-Candela, de produtos estéticos e a empresa de colchões Airweave USA encerraram seus contratos com o medalhista olímpico.

Nesta segunda-feira, a Speedo anunciou o repasse de verbas, antes destinadas ao atleta, a uma instituição de caridade para auxiliar crianças carentes no Brasil. Segundo comunicado emitido pela empresa norte-americana, 50 mil dólares que fariam parte do contrato de Ryan Lochte serão destinados à organização de ajuda a crianças carentes Save the Children, com atuação global.

"Tivemos uma parceria vitoriosa com Ryan por mais de uma década e ele foi um membro importante da equipe Speedo, mas não podemos perdoar um comportamento que é contra os valores que essa marca apoia. Nós agradecemos suas conquistas e esperamos que ele melhore e aprenda com essa experiência", diz a nota emitida pela empresa.

Já a Ralph Lauren, responsável pelo uniforme da delegação dos Estados Unidos nas cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos, anunciou, pouco depois da Speedo, que não seguirá trabalhando com o nadador.




“Ralph Lauren continuará patrocinando orgulhosamente os times norte-americanos olímpicos e paralímpicos, bem como os valores que os atletas incorporam. O acordo da Ralph Lauren com o Ryan Lochte era especificamente para os Jogos Olímpicos do Rio 2016, e a companhia não renovará o seu contrato”, declarou a empresa em comunicado.

Pouco depois, a empresa Syneron-Candela, marca de produtos estéticos, também anunciou o rompimento com o nadador. Lochte fazia propagandas para o produto Gentle Hair Removal, um removedor de pelos.

“Syneron-Candela encerrará sua parceria com Ryan Lochte. Nós esperamos padrões altos dos nossos funcionários, e esperamos o mesmo dos nossos parceiros de negócios. Desejamos a Ryan sucesso nos seus projetos futuros e agradecemos pelo tempo que ele esteve ao nosso lado", disse a empresa, também em comunicado.

A última companhia a anunciar o fim do patrocínio com o nadador norte-americano foi a Airweave USA, do ramo de colchões. A empresa, no entanto, manteve o apoio aos atletas olímpicos e paralímpicos dos Estados Unidos.

"Airweave é um orgulhoso patrocinador dos times olímpico e paralímpico dos Estados Unidos, e nossa dedicação às conquistas atléticas é inabalável. Nosso acordo com Ryan Lochte era em apoio aos Jogos Olímpicos Rio 2016. Depois de uma avaliação cuidadosa, tomamos a decisão de encerrar nossa parceria com Ryan Lochte. Nós mantemos o apoio ao Time Estados Unidos e aos atletas que se preparam para os Jogos Paralímpicos", afirmou a marca em comunicado oficial.

Lochte alegou ter sido assalto por homens vestidos de policiais no Rio de Janeiro depois de uma festa durante os Jogos Olímpicos, mas as investigações da Polícia Civil mostraram que ele e outros três membros da delegação norte-americana envolveram se em uma confusão após depredarem um posto de gasolina.

A Justiça Brasileira emitiu um mandado de apreensão dos passaportes dos quatro nadadores norte-americanos para esclarecer o caso, mas Lochte já estava no Rio de Janeiro. Gunnar Bentz e Jack Conger foram retirados de um voo com destino a Nova York para prestar depoimento e admitiram a história fantasiosa criada pelo companheiro de delegação.

Lochte e outros dos envolvidos emitiram pedidos de desculpas por seus atos na madrugada do Rio de Janeiro. O multimedalhista olímpico, no entanto, nega ter mentido às autoridades ao comunicar o falso assalto e alega que a confusão ocorreu por problemas de comunicação pela diferença de idiomas.

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