Jogadores da Keyd relembram experiência no Mundial de LoL - Gazeta Esportiva
Jogadores da Keyd relembram experiência no Mundial de LoL

Jogadores da Keyd relembram experiência no Mundial de LoL

Gazeta Esportiva

Por Felipe Leite e João Varella*

26/10/2018 às 08:00

São Paulo, SP

Atletas da Keyd já jogaram a principal competição da modalidade (Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press)


A Vivo Keyd conta com Felipe “Yang” Zhao (topo), Gabriel “Revolta” Henud (caçador), Gabriel “Tockers” Claumann (meio), Micael “micaO” Rodrigues (atirador) e Luan “Jockster” Cardoso (suporte) em seu elenco titular para a disputa dos campeonatos de League of Legends. Tal composição de jogadores, entretanto, alcançou seu maior feito vestindo as cores da INTZ, outro dos times principais do cenário brasileiro de LoL.

No ano de 2016, os cinco cyberatletas garantiram a classificação ao Mundial da modalidade daquele ano por meio da conquista da segunda metade da temporada nacional, além de disputarem (e venceram) o Wildcard, espécie de repescagem para determinadas regiões do jogo.




Apesar da eliminação na primeira fase da competição internacional, com campanha de uma vitória e cinco derrotas, a INTZ “saiu gigante” da disputa: os brasileiros tomaram o mundo por surpresa e, na estreia, derrotaram a EDG, tradicional equipe chinesa e uma das grandes favoritas a levar aquela edição do Mundial, que foi vencido pela SKTT1, da Coreia do Sul.

Em entrevista exclusiva à Gazeta Esportiva, Yang e micaO descreveram a experiência internacional e relembraram os bons momentos vividos durante a campanha na competição.

“Quando a gente chegou no Mundial, no hotel, e vi os caras que eu sempre olhei pela tela… na hora não acreditei. Demorou um pouquinho para cair a ficha. Fiquei muito feliz quando começamos a jogar com eles, porque era uma meta que eu tinha para a minha vida. Tinha treinado muito por esse objetivo. Em geral, a experiência foi muito bacana e espero conseguir de novo em 2019”, afirmou Yang.

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“Essa experiência é a que faz todo o esforço valer a pena. Você representar o seu país é o melhor sentimento possível, mesmo sabendo das críticas que você acaba recebendo. Quando conseguimos aquela vitória sobre a EDG em 2016, que era um dos times cotados ao título naquele momento, foi algo inexplicável, e que eu vou levar sempre pra minha vida. Por isso eu quero muito ter a uma nova chance de representar o Brasil novamente em um Mundial”, torceu um esperançoso micaO.

A história do Brasil na mais importante competição do esporte eletrônico vem desde 2014. No ano, a KaBuM! caiu no Grupo D da disputa, junto de NaJin White (Coreia), Cloud9 (Estados Unidos) e Alliance (Europa). Os brasileiros venceram o time europeu na última rodada, no que acabou por ser o único triunfo da equipe no torneio.




Em 2015, a paiN Gaming teve a melhor campanha nacional no Mundial: duas vitórias e quatro derrotas. O time brasileiro foi para o último dia da fase de grupos com chance de classificação, mas não conseguiu superar a Flash Wolves (Taiwan), ROX Tigers (Coreia) e CLG (Estados Unidos).

Em 2017, a Riot Games, empresa que produz o League of Legends e organiza os campeonatos do eSport, mudou o formato de disputa do Campeonato Mundial. Com isso, o Brasil até chegou a ter um representante, a Team oNe, que foi eliminada na fase anterior à de grupos principal, assim como a KaBum! neste ano.

Na entrevista exclusiva para a Gazeta Esportiva, o técnico da Keyd, Hugo “Galfi” Garcia, contou para a reportagem o porquê do Brasil não alcançar pleno sucesso internacional e revelou que não falta talento no solo nacional. Relembre:

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“Existem inúmeros motivos do porquê o Brasil não consegue alcançar um sucesso mundial tão alto quanto outras regiões, inclusive próximas da gente. Para responder de maneira reduzida, existem diversas diferenças culturais. As outras regiões são muito mais autoritárias no quesito disciplinar e lá, isso tem uma atenção redobrada. Inclusive, não é tão saudável assim para o jogador. Mas, no final das contas, isso produz resultados. Temos que achar uma maneira de traduzir essas diferenças culturais para o Brasil conseguir aplicar aqui também”, falou.

“Talento, na verdade, sobra. Temos jogadores muito bons aqui. Mas a parte organizacional e disciplinar, até mesmo de autoconsciência e autocobrança dos jogadores precisa mudar. A própria comissão técnica precisa melhorar, evoluir e buscar mais conhecimento. É um conjunto de fatores que precisa acontecer para nós, aos poucos, irmos crescendo”, finalizou.



* Especial para a Gazeta Esportiva

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