Técnico Jordi Ribera acredita que Brasil cumpriu objetivo no Mundial - Gazeta Esportiva
Técnico Jordi Ribera acredita que Brasil cumpriu objetivo no Mundial

Técnico Jordi Ribera acredita que Brasil cumpriu objetivo no Mundial

Gazeta Esportiva

Por Olga Bagatini, especial para a GE.net

29/01/2015 às 21:44

São Paulo, SP



A Seleção Brasileira de handebol não conseguiu chegar às inéditas quartas de final no Campeonato Mundial do Catar e teve o mesmo desempenho de 2013, na Espanha, quando foi eliminada nas oitavas de final para a Rússia por apenas um gol de diferença (27 a 26). Desta vez, o panorama se repetiu diante da Croácia (26 a 25). Apesar de não ter saído do “quase”, o técnico Jordi Ribera acredita que a equipe verde-amarela demonstrou evolução e jogou de igual para igual com Espanha (29 a 27), Eslovênia (35 a 32) e Croácia, três das quatro semifinalistas da última edição do torneio, e cumpriu a meta de estar novamente entre as 16 melhores.


“O objetivo era classificar pela segunda vez consecutiva para as oitavas de final, o que antes era algo muito difícil, mas agora conseguimos pela segunda vez. Não melhoramos a classificação, mas melhoramos os resultados e o rendimento da Seleção quando enfrentamos times com mais nível. Jogamos com Espanha, Eslovênia e Croácia, todas elas estiveram entre as quatro primeiras classificadas na última edição no Mundial, inclusive a Espanha foi campeã (venceu a Dinamarca por 35 a 19 na final). E em todas elas o Brasil esteve com possibilidade de ganhar o jogo até o último momento, e nós não conseguíamos fazer isso antes, e agora conseguimos. Nas oitavas jogamos com Croácia, um jogo muito bom, e que no final não pudemos conseguir ganhar o jogo, mas acho que merecíamos ter ganhado”, afirmou o comandante em entrevista à Gazeta Esportiva.Net.


Apesar de não ter alcançado as inéditas quartas de final, Jordi acredita que o Brasil cumpriu o objetivo no Mundial
Apesar de não ter alcançado as inéditas quartas de final, Jordi acredita que o Brasil cumpriu o objetivo no Mundial - Credito: Sergio Barzaghi/Gazeta Press


Apesar disso, o Brasil teve dificuldade para vencer o Chile, time que já estava eliminado na fase de grupos e de quem precisava ganhar para avançar para as oitavas de final. Em jogo apertado, a Seleção cresceu nos minutos finais e impôs a vitória por 30 a 22, mas os rivais sul-americanos mantiveram vantagem mínima durante todo o confronto. Jordi minimiza essa situação, exaltando que importante foi ter garantido a vitória.


“O importante do Chile era ganhar para classificar, e no final, ganhamos e classificamos. Por ser Mundial, em todos os jogos é preciso jogar bem e ganhar. Se custamos a entrar no jogo e na primeira parte fomos mal, pelo menos na segunda parte ganhamos e jogamos bastante bem nos últimos minutos”, avaliou.


O técnico espanhol esteve à frente da Seleção masculina de handebol de 2005 a 2008, quando conquistou o título dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro. Ele retornou em 2012 e comandou os atletas nas duas melhores participações em Mundiais. Agora, o próximo objetivo de Jordi é buscar o tricampeonato no Pan de Toronto, em julho deste ano. Além de 2007, o Brasil faturou o título em 2003, em Santo Domingo, na República Dominicana. A campanha em Guadalajara, em 2011, acabou em medalha de prata, com derrota para a Argentina na final.


A preparação para os Jogos de Toronto incluem a segunda parte do Torneio das Quatro Nações de Handebol, competição disputada em São Paulo em outubro do ano passado, visando o Mundial. Na ocasião, o Brasil faturou o título ao bater os argentinos por 25 a 24. Os outros participantes foram Egito e Argélia, também derrotados pelos brasileiros.


O espanhol comandou a Seleção no bicampeonato do Pan-Americano em 2007 e agora busca o tri em Toronto
O espanhol comandou a Seleção no bicampeonato do Pan-Americano em 2007 e agora busca o tri em Toronto - Credito: Sergio Barzaghi/Gazeta Press


“Faremos um torneio visando a preparação para o Pan-Americano. Em junho, terá a segunda parte do Torneio de Quatro Nações que fizemos em outubro, que seguramente será jogada no Brasil. E em todas as competições Pan-Americanas, a Argentina é o grande time a ser batido. O Chile vem crescendo, mas o grande rival é sempre a Argentina”, explicou Jordi, que aproveitou para vislumbrar os Olímpicos do Rio de Janeiro.


“Estamos a um ano e meio das Olimpíadas, e a única competição oficial até lá são é o Pan-Americano, mas ainda teremos alguns torneios e jogos para que possamos nos preparar para permitir que cheguemos bem no Rio”, acrescentou. 


Dos jogadores que participaram do Mundial, apenas oito atuam em clubes brasileiros, sendo seis no Taubaté e dois no Pinheiros. Como o elenco é jovem - com média de idade de 26 anos -, o comandante acredita que há tempo para os atletas adquirirem maturidade para serem competitivos nas Olimpíadas. Para ele, o fato da maioria jogar fora do país vai ser positivo para o Brasil a longo prazo. 


"Falta experiência, temos que saber jogar os últimos minutos da partida. Nossa Seleção é uma mistura de jogadores com idade e mais novos. Desses mais novos, muitos foram para fora e estão jogando em diferentes times na Europa, e quando eles pegarem mais experiência, seguro que teremos um melhor rendimento", encerrou o treinador. 

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