
Ídolo tricolor, França fala sobre pandemia no Japão: “Brasil ainda vai sofrer com 2ª onda”
Por Redação
São Paulo, SP“Logo que saíram os primeiros casos na cidade de Wuhan, na China, os japoneses se prepararam, porque estão acostumados com epidemias. Houve uma preparação, e os japoneses conseguiram eliminar, teve uma quarentena de cinco dias, foram 300 casos e quatro mortos, por exemplo. Como em todo mundo, existe a irresponsabilidade, os jovens começaram a sair muito, os japoneses viajaram para a Espanha e trouxeram o vírus de volta, porque não fecharam o aeroporto”, contou França durante uma live com Reinaldo, outro ex-atacante que vestiu a camisa do São Paulo no início dos anos 2000.
“Então, entramos em quarentena de novo, de 6 de abril até 3 de maio. Só estão abertos supermercados, lojas de conveniência, estabelecimentos essenciais. O negócio está tão pesado que os japoneses fizeram protestos nas ruas. Isso, quando acontece, para mim acabou o mundo. Já viu japonês protestando? O salário mínimo é entre 1500 e 2000 dólares. Então, quando estão reclamando, algo está errado. O Primeiro-Ministro está dando duas máscaras por família, mas as pessoas querem dinheiro. A situação mais preocupante é a taxa de suicídio. No Japão, sem o vírus, infelizmente, 35 mil pessoas tiram a vida aqui todo ano, só perde para a Rússia. Então, nessa fase, com um monte de desempregados, a gente vê a preocupação das pessoas aqui no Japão”, prosseguiu.
Embora a pandemia tenha chegado ao Japão muito antes que no Brasil, os japoneses ainda têm de se adaptar à nova realidade causada pela covid-19. Já se passaram quatro meses desde os primeiros casos, e França sabe que os brasileiros ainda terão uma árdua batalha pela frente caso queiram poupar o máximo de vidas possíveis.
“Infelizmente, o Brasil vai pegar a segunda onda. Estamos pegando a segunda onda no Japão. O Brasil ainda está na primeira onda. A segunda onda é quando você relaxa um pouco, e as transmissões começam de novo. A quarentena vai acabar, vão soltar o pessoal e a transmissão vai acontecer de novo, a quarenta vai voltar. Esse vírus é mais letal que outros, atingiu até os índios ai na Amazônia”, concluiu.