Galiotte diz não ter autonomia para reverter bloqueios da PM no Palestra - Gazeta Esportiva
Galiotte diz não ter autonomia para reverter bloqueios da PM no Palestra

Galiotte diz não ter autonomia para reverter bloqueios da PM no Palestra

Gazeta Esportiva

Por Edoardo Ghirotto

11/12/2016 às 08:30

São Paulo, SP

O presidente Paulo Nobre (E), e o presidente eleito Maurício Precivalle Galiotte, (D), do Palmeiras, e o jornalista Chico Lang, durante a cerimônia de entrega do Troféu Mesa Redonda 2016, prêmio oferecido aos melhores jogadores e técnico do Campeonato Brasileiro 2016, realizada no Edifício Gazeta, em São Paulo.
Maurício Galiotte disse que o clube não deve tomar partido nas ações da PM (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)


O presidente eleito do Palmeiras, Maurício Galiotte, disse que não tentará reverter os bloqueios que a Polícia Militar (PM) monta nas ruas do entorno do estádio Palestra Itália antes das partidas do clube. O novo mandatário elogiou a festa feita pela torcida no pré-jogo, mas afirmou não ter autonomia para interferir nas decisões da PM.

Respaldada pela diretoria de Paulo Nobre, a PM bloqueou vias próximas à arena para impedir que torcedores sem ingressos se aproximem do Palestra Itália em dias de jogos. A ação foi posta em prática nas últimas quatro partidas que o Palmeiras mandou em casa no Brasileirão.

"Temos dois aspectos para avaliar", declarou Galiotte, ao participar da gravação do Troféu Mesa Redonda, da TV Gazeta. "Temos o aspecto festivo e que antecede o jogo, com a movimentação da torcida. Isso é um negócio muito bacana. É realmente emocionante ver toda aquela torcida palmeirense em volta do estádio antes de uma partida", elogiou.

"Por outro lado, não temos a autonomia para avaliar se o que a PM determina é certo ou errado, porque tivemos em muitos jogos um acúmulo de ocorrências. A polícia está direcionando uma ação para dirimi-las. Então não cabe ao dirigente, ao clube, determinar se a rua tem que estar aberta ou fechada. É uma decisão da PM", ressaltou Galiotte, que será empossado no dia 18.

Oficialmente, a medida tem o objetivo de coibir furtos e crimes de cambismo. Os torcedores, no entanto, reclamam que os bloqueios contribuem para a elitização do clube. O Palmeiras é um dos times com ingressos mais caros do Brasil e, tradicionalmente, a torcida se concentra nos bares do entorno do estádio para assistir às partidas pela televisão.

No jogo que garantiu o título brasileiro ao Palmeiras - vitória por 1 a 0 contra a Chapecoense -, no dia 27 de novembro, a PM entrou em confronto com torcedores que se aglomeravam no entorno da arena. O primeiro tempo já estava em andamento quando policiais usaram bombas de gás e jatos d'água contra os palmeirenses. Houve correria e algumas pessoas passaram mal ao inalar os gases, entre elas mulheres e crianças.

Vista da Arena Allianz Parque, na Zona Oeste de São Paulo, antes da partida entre Palmeiras e Sport, válida pela trigésima segunda rodada do Campeonato Brasileiro 2016
Torcedores palmeirenses têm questionado as ações da PM em dias de jogos (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)

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