"Lógico que eu quero ser campeão. Muitos falam que eu sou o único presidente que não ganhou título nos últimos anos. Não tem problema, vou ser lembrado como o presidente que melhorou a parte da gestão, financeiro", afirmou ele em entrevista coletiva durante esta semana.
Duilio está nos últimos oito meses de seu mandato, já que, em novembro, uma nova eleição ocorrerá no Parque São Jorge. Caso o Timão não levante nenhuma taça até o próximo pleito, ele repetirá o feito de Roberto Pasqua, que, entre 1985 e 1987, também não foi campeão enquanto era presidente.
Depois de Pasqua, vieram Vicente Matheus, Marlene Matheus, Alberto Dualib, Andrés Sanchez (duas passagens), Mário Gobbi e Roberto de Andrade (ex-diretor de futebol, desligado na última terça).
O mandatário que mais levantou taças neste recorte de tempo foi Dualib, que ficou no cargo de 1993 a 2007. Foram 11 títulos no total: cinco Paulistas, duas Copas do Brasil, três Brasileiros e um Torneio Rio-São Paulo. Já o último caneco veio em 2019, do Estadual, com Sanchez.
"Eu quero olhar para frente. Dobramos a arrecadação do clube em dois anos. Não quero entrar em detalhes específicos. Muitos falavam que iria "cruzeirar", que não tinha saída. Depois, começaram a chegar jogadores de nome e que o clube iria quebrar", disse Duilio em outro momento da coletiva da terça-feira.
"O time que era caro, hoje para alguns já não serve, para você ver como é o futebol. Não quebramos, melhoramos as finanças, estabilizamos a dívida. Estamos com responsabilidade financeira, não só o futebol, mas todo o grupo do clube", concluiu.
Sobre a arrecadação e a diminuição da dívida do clube, Duilio afirmou que, nos próximos dias, o balanço será divulgado, mas adiantou que "a dívida abaixou" e que o Corinthians teve "um faturamento perto dos R$ 800 milhões".
Números
Em julho do ano passado, Corinthians e Caixa firmaram um acordo pela quitação do empréstimo para a construção da arena corintiana.
O valor da dívida naquela ocasião foi calculado em R$ 611 milhões, sendo que os naming rights do estádio vão 100% para esse fim (ou seja, R$ 300 milhões, no início do acordo). O prazo de financiamento da dívida é até 2041.
Em contato com a Gazeta Esportiva naquele momento, Wesley Melo, diretor financeiro do clube, informou que o Corinthians havia pago R$ 165 milhões até 2017.
A partir deste mês de março, os juros começarão a ser pagos de forma trimestral (março, junho, setembro e dezembro) de 2023 e 2024. Já o principal começará a ser amortizado em 2025, também trimestralmente e nos mesmos meses.
