Bahia adota número 24 em campanha contra homofobia - Gazeta Esportiva
Bahia adota número 24 em campanha contra homofobia

Bahia adota número 24 em campanha contra homofobia

Gazeta Esportiva

Por Redação

28/01/2020 às 17:41 • Atualizado: 28/01/2020 às 19:49

São Paulo, SP

Nesta terça-feira, o Bahia vai entrar em campo com uma novidade. O volante Flávio usará a camisa 24 no duelo contra o Imperatriz-MA, no Estádio Pituaçu, pela 2ª rodada da Copa do Nordeste. O jogador, que geralmente utiliza a 5, vai trocar a numeração por uma campanha do clube baiano contra a homofobia e em homenagem a Kobe Bryant, que faleceu no último domingo em um acidente de helicóptero e ficou marcado em sua carreira pelo uso da camisa.

O Bahia anunciou a mudança nas suas redes sociais, em vídeo que mostra a camisa de Flávio recebendo a nova numeração. O número 24 é associado com atos homofóbicos, sendo muitas vezes rejeitado por jogadores no futebol brasileiro. O atleta, porém, manifestou seu apoio à campanha.

"O mito em torno do número 24 é uma grande bobagem que já passou da hora de ser ultrapassada. Precisamos desmistificar isso e aproveitar para debater o preconceito e a intolerância no futebol", destacou o meio-campista.



No início do ano, uma declaração do diretor de futebol do Corinthians, Duílio Monteiro Alves, sobre o número 24 não repercutiu bem. Ao apresentar o colombiano Cantillo, o diretor afirmou: "24 aqui não", em uma alusão à numeração usada pelo jogador no seu antigo clube. Logo depois, Duílio usou as redes sociais para pedir desculpas.

O Bahia se posiciona constantemente sobre questões sociais. Em outubro de 2019, o clube entrou em campo com a tradicional camisa tricolor manchada de preto, em protesto aos vazamentos de óleo nas praias do Nordeste. O presidente do clube, Guilherme Bellintani, explicou a nova ação, que se estenderá nos dois próximos jogos do time.

"O futebol é um canal que pode servir para acentuar o que há de pior na nossa sociedade, como o racismo, as agressões, a violência e a intolerância, mas também pode servir de uma forma diferente - para espalhar cultura, afeto, sensibilidade, melhoria das relações humanas. Achamos que os clubes têm de escolher se serão canais de amor ou ódio. Escolhemos o amor", declarou o mandatário.

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