O Bahia anunciou a mudança nas suas redes sociais, em vídeo que mostra a camisa de Flávio recebendo a nova numeração. O número 24 é associado com atos homofóbicos, sendo muitas vezes rejeitado por jogadores no futebol brasileiro. O atleta, porém, manifestou seu apoio à campanha.
"O mito em torno do número 24 é uma grande bobagem que já passou da hora de ser ultrapassada. Precisamos desmistificar isso e aproveitar para debater o preconceito e a intolerância no futebol", destacou o meio-campista.
Número proibido? #NúmeroDoRespeito 🏀🏳️🌈 pic.twitter.com/R85OY7u4AQ
— Esporte Clube Bahia (@ECBahia) January 28, 2020
No início do ano, uma declaração do diretor de futebol do Corinthians, Duílio Monteiro Alves, sobre o número 24 não repercutiu bem. Ao apresentar o colombiano Cantillo, o diretor afirmou: "24 aqui não", em uma alusão à numeração usada pelo jogador no seu antigo clube. Logo depois, Duílio usou as redes sociais para pedir desculpas.
O Bahia se posiciona constantemente sobre questões sociais. Em outubro de 2019, o clube entrou em campo com a tradicional camisa tricolor manchada de preto, em protesto aos vazamentos de óleo nas praias do Nordeste. O presidente do clube, Guilherme Bellintani, explicou a nova ação, que se estenderá nos dois próximos jogos do time.
"O futebol é um canal que pode servir para acentuar o que há de pior na nossa sociedade, como o racismo, as agressões, a violência e a intolerância, mas também pode servir de uma forma diferente - para espalhar cultura, afeto, sensibilidade, melhoria das relações humanas. Achamos que os clubes têm de escolher se serão canais de amor ou ódio. Escolhemos o amor", declarou o mandatário.