Gerente técnica exalta união da Seleção e vê NBB como "espelho" para LBF
Por Fernanda Lucki Zalcman*
14/08/2018 às 09:00
São Paulo, SP
"O ponto forte é a união. Elas estão muito focadas no que querem e sabem que o novo sucesso do basquete feminino depende delas. E a expectativa é de fazer final. A gente tem pela frente a Argentina, forte candidata. Tem a equipe da casa, a Colômbia, que ganhou o último campeonato contra Cuba... E a gente sabe de todas as dificuldades, mas vamos treinar focado na final e em ser campeão. Não temos muito tempo, mas temos qualidade", destacou em entrevista à Gazeta Esportiva.
Adriana também exaltou a última temporada da Liga de Basquete Feminino (LBF), especialmente a importância de ter sido transmitida na tv aberta, pela TV Gazeta, e tem Novo Basquete Brasil (NBB) como exemplo.
"Tivemos um campeonato homogêneo, a final foi em cinco jogos. Foi também um campeonato que passou em tv aberta, o que possibilitou que as pessoas voltassem a ver basquete feminino e isso é muito importante. Então vejo com ótimos olhos e acho que todos têm que estar imbuído da mesma causa e não clube "a" pensando nisso, clube "b" naquilo... Não dá. E o exemplo disso é o NBB. Todos caminharam na mesma direção e você vê hoje o que é o NBB. Acho que a gente tem o caminho, tem o espelho do lado. É só seguir", frisou.
Por fim, a ex-jogadora também fez questão de ressaltar o momento de dificuldades enfrentados nos últimos tempos pela modalidade no Brasil, assim como toda a comissão técnica e dirigência da Confederação Brasileira de Basquete, mas se mostrou otimista para o futuro, especialmente com as categorias de base.
"É um desafio a cada dia. Nada nunca é voltado para o esporte amador, não só o basquete. A luta, então, é diária. Nós temos poucas equipes no feminino, não temos tantos patrocinadores e nós temos que lutar para voltar a ser o que já fomos no cenário nacional. Então, as categorias de base são um foco nosso, porque para chegar no adulto, a gente tem que focar na base", pontuou.
"A gente sabe que não é um momento fácil financeiramente, a maneira como a CBB se encontrava... Mas estamos fazendo todo o possível para essa meninas terem o direito de treinar tranquilas, de ter um melhor espaço, uma melhor quadra. Tudo isso a gente está correndo atrás com a CBB para que elas possam pensar simplesmente em treinar", concluiu.
*Especial para a Gazeta Esportiva