Nova Zelândia tem missão de evitar vexame na Copa feminina em casa - Gazeta Esportiva
Nova Zelândia tem missão de evitar vexame na Copa feminina em casa

Nova Zelândia tem missão de evitar vexame na Copa feminina em casa

Gazeta Esportiva

Por AFP

10/07/2023 às 08:15

São Paulo, SP

Depois de 32 anos de espera, a Nova Zelândia quer vencer pela primeira vez em uma Copa do Mundo feminina, desta vez diante de sua torcida, e evitar um vexame no torneio em que é um dos países-sede e ao qual chega em um momento complicado.

Os co-organizadores do Mundial terão uma estreia difícil neste torneio contra a Noruega no Eden Park, em Auckland, no dia 20 de julho, antes de enfrentar a Suíça e a teoricamente fraca seleção das Filipinas.

Mas para terminar entre os dois primeiros no Grupo A e avançar às oitavas de final, a Nova Zelândia vai precisar mudar sua história e a cara de sua equipe após os maus resultados recentes.



Em suas cinco participações desde a primeira Copa do Mundo, em 1991, o país registra um péssimo retrospecto de 15 derrotas em 15 jogos.

E na preparação para esta edição que organiza junto com a Austrália, a seleção "kiwi" tem registrado um saldo nada animador, com oito derrotas e dois empates nos últimos dez jogos.

"Sabemos que, se quisermos passar da fase de grupos, teremos que vencer", disse à AFP sua treinadora, a tcheca Jitka Klimkova.

"O melhor momento seria fazer isso em casa", disse ela.

Nesta sequência negativa, foram duas duras derrotas em casa contra os Estados Unidos, que aplicaram goleadas de 4 a 0 e 5 a 0 em janeiro.

"Temos de ser firmes na defesa e decisivas no ataque diante do gol", diz Klimkova, ex-zagueira da República Tcheca.

"Queremos ser um adversário difícil de enfrentar".

Em sua preparação para a Copa do Mundo, a seleção da Nova Zelândia organizou um campo de treinamento em Auckland durante dois meses, no qual Klimkova tentou incutir firmeza na mentalidade de suas jogadoras.


Momento "único e especial"


A Nova Zelândia apresenta um problema em especial na frente do gol. Em sua sequência de dez jogos sem vencer desde o ano passado, a equipe tem um saldo de míseros dois gols a favor e 25 contra.
A seleção neozelandesa tem um último amistoso contra o Vietnã no dia 10 de julho para tentar encontrar seu melhor jogo e o poder de fogo.

"Precisamos marcar, não importa como", diz Klimkova.

"Às vezes procuramos boas finalizações, mas a prioridade agora é como podemos colocar a bola na rede", explica.

"Está melhorando. Estamos marcando gols (nos treinos) e isso é bom de ver", diz.

"Estamos trabalhando muito, muito duro para que a nação fique orgulhosa".

A Noruega, sua primeira adversária, já foi campeã europeia e mundial. Mas não possui a força de outros tempos e Klimkova garante que a Nova Zelândia não tem nada a temer.

"Tirar pontos delas nesse primeiro jogo será muito importante, por isso estou satisfeita por jogarmos contra elas primeiro", diz a treinadora.

No remoto país oceânico, o rúgbi é o esporte favorito e o críquete também é mais popular que o futebol.

As vendas de ingressos para a Copa do Mundo na Nova Zelândia têm sido mais lentas do que na Austrália, mas Klimkova está confiante de que os torcedores da Kiwi vão apoiar a seleção assim que o torneio começar.

"Não sei se a Nova Zelândia entendeu o que está por vir. Vai ser tão grande, tão enorme", garante a técnica, para quem é um "privilégio" disputar este Mundial em casa.

"É um momento tão único e especial", diz ela. "Isso vai nos ajudar a continuar pressionando e lutando por cada uma de nós e pela Nova Zelândia".

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