Diretor do Hamburgo admite acordo e aguarda transferência para "liberar" o Santos
Por Lucas Musetti Perazolli
08/10/2020 às 15:10 • Atualizado: 08/10/2020 às 16:37
Santos, SP
"Encaminhamos um acordo, mas tudo depende do primeiro pagamento. No total é um pouco mais que 3 milhões de euros (R$ 19,7 mi), mas eles precisam pagar 2,5 milhões de euros (R$ 16,4 mi) agora", disse o diretor Jonas Boldt, em contato exclusivo com a Gazeta Esportiva.
"Se eles não pagarem, o transfer ban continua. É um acordo após quase três anos. Agora conversamos com pessoas mais sérias. Schalka (Walter) é importante", completou.
Walter Schalka é um empresário renomado e parte da chapa "União pelo Santos", que tem Andrés Rueda como candidato à presidência e José Carlos Oliveira como candidato à vice-presidência.
Presidente em exercício do Santos, Orlando Rollo pediu ajuda a diversos grupos políticos diferentes. A "União pelo Santos", com Rueda e Schalka, aceitou ajudar neste momento após uma "ponte" feita por Rollo e pelo superintendente de esportes Felipe Ximenes. O restante do valor virá de receitas do próprio Peixe. O débito poderia originar perda de pontos no Campeonato Brasileiro a partir de 13 de outubro. O Alvinegro está proibido de inscrever novos atletas.
"Eu tive contato com Orlando Rollo, Walter Schalka e Felipe Ximenes. Eu sei como o futebol sul-americano trabalha e tentei achar um caminho quando reconheci que agora o Santos tem gente mais séria", concluiu Boldt, diretor do Hamburgo.
A dívida, se o acordo for confirmado, deve ser paga com R$ 16,4 milhões agora e R$ 3,3 milhões em parcelas. Desta forma, haveria um desconto total de quase R$ 10 milhões.
O empréstimo em nomes de Andrés Rueda é de 1,5 milhão de euros. O Santos arca com 500 mil euros de receitas próprias e havia transferido 500 mil euros do Boavista, de Portugal, por Jackson Porozo. Isso totaliza 2,5 milhões de euros. 600 mil euros restantes serão pagos em parcelas.