Nascido no mesmo dia do Palmeiras, torcedor símbolo completaria 100 anos nesta quarta - Gazeta Esportiva
Nascido no mesmo dia do Palmeiras, torcedor símbolo completaria 100 anos nesta quarta

Nascido no mesmo dia do Palmeiras, torcedor símbolo completaria 100 anos nesta quarta

Gazeta Esportiva

Por Bruno Ceccon

26/08/2020 às 09:00 • Atualizado: 26/08/2020 às 09:36

São Paulo, SP

Giovanni Capalbo nunca entrou em campo, mas faz parte da centenária história da Sociedade Esportiva Palmeiras. Nascido em 26 de agosto de 1920, o torcedor símbolo do clube alviverde, mais conhecido como João Gaveta, completaria exatos 100 anos nesta quarta-feira.

Ele imigrou da Itália para o Brasil ao lado da família e começou a acompanhar os jogos do Palmeiras nos estádios a partir da Arrancada Heroica 1942. Por atribuir todas as derrotas à arbitragem, alegando que o “juiz estava na gaveta”, ganhou o inusitado apelido.

Querido pelos ídolos da Academia e temido pelos árbitros, João Gaveta frequentava o Palmeiras diariamente e torcia em todas as modalidades, do basquete ao hóquei sobre patins. Personagem folclórico, superou as próprias limitações para ser considerado o torcedor símbolo, com permissão para viajar ao lado da delegação e acesso ao vestiário.



Em 2014, ano do centenário do Palmeiras, a Gazeta Esportiva publicou o documentário “O Incrível João Gaveta”. A partir do depoimento de ídolos como Ademir da Guia e Dudu, além de entrevistas com amigos e historiadores, o filme reconstrói a trajetória do antigo imigrante, famoso por rasgar súmulas em caso de derrota do time do coração.

“Quando cheguei ao Palmeiras, o João Gaveta já era o torcedor símbolo. Treinávamos no Parque Antarctica, então ele convivia sempre com todos os jogadores por lá e a gente tinha uma amizade. O pessoal adorava o João Gaveta. Estava em todos os jogos, torcendo e brigando pelo clube”, contou Ademir da Guia.

Em novembro de 1984, os principais jornais de São Paulo noticiaram a morte de João Gaveta e o Palmeiras atuou de luto para homenagear seu torcedor símbolo. Ele foi enterrado no túmulo oficial do clube, localizado no Cemitério do Araçá e ocupado pelos restos mortais dos ex-jogadores José Romeiro e Segundo Villadoniga.


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