A reportagem da Gazeta Esportiva ouviu a versão da PM, que explicou por que essa revista é feita mesmo em um treino, sem a presença de adversário.
"Independente se é jogo ou treino, é um evento esportivo e, sendo assim, deve-se seguir o Estatuto do Torcedor, de 2003 (L10671). É de responsabilidade do clube solicitar em um evento desta magnitude (+40 de mil presentes), o policiamento", disse um tenente do segundo batalhão do choque, que fará a revista do treino nesta sexta.
"Está no estatuto que deve haver a revista dos torcedores em evento esportivo e não se deve 'portar ou ostentar cartazes, bandeiras, símbolos ou outros sinais com mensagens ofensivas' e 'não portar ou utilizar fogos de artifício ou quaisquer outros engenhos pirotécnicos'. Não utilizar bandeiras, inclusive com mastro de bambu ou similares, para outros fins que não o da manifestação festiva e amigável", finalizou.
A Gaviões da Fiel e outras torcidas organizadas do Corinthians se posicionaram contra a presença da PM e cancelaram suas presenças no evento. Diante disso, o público de 40 mil pessoas esperado na Arena acabou não se cumprindo. O clube não divulgou quantos torcedores estiveram presentes.
Ainda assim, foi possível ver sinalizadores em quase todos os setores da Neo Química Arena. Depois das atividades, Willian segurou um cartaz e o próprio Corinthians tuitou o momento.
Em 2018, a Gaviões compareceu ao treino aberto que antecedeu a grande decisão do Campeonato Paulista contra o Palmeiras, Na ocasião, a PM não estava presente e a festa foi feita com bandeirões e sinalizadores.
Todos os jogadores entram em campo com fogos e show de luzes na Arena ⬇️ pic.twitter.com/iuvIjJucqu
— Marina Bufon (@marina_bufon) July 8, 2022