Roberto de Andrade sobre possível continuidade de caso de Rafael Ramos: "Absurdo" - Gazeta Esportiva
Roberto de Andrade sobre possível continuidade de caso de Rafael Ramos: "Absurdo"

Roberto de Andrade sobre possível continuidade de caso de Rafael Ramos: "Absurdo"

Gazeta Esportiva

Por Marina Bufon

10/06/2022 às 18:00

São Paulo, SP

O lateral-direito Rafael Ramos, do Corinthians, está tranquilo em relação aos desdobramentos sobre o caso de suposta injúria racial cometida por ele contra o meio-campista Edenilson, do Internacional, em maio deste ano. Mesmo após perícia oficial inconclusiva, o delegado Roberto Sahagoff pretende indiciar o português.

"Rafael Ramos está muito tranquilo, muito seguro, ele sabe todos os passos dos nossos advogados. As perícias, os laudos, acho que se houvesse algo mais efetivo para se estabelecer, já estaria na mesa. Vai nos ajudar muito ainda dentro de campo", falou Alessandro Nunes, gerente de futebol, no início da tarde desta sexta-feira, no CT Dr. Joaquim Grava, em coletiva de imprensa.

Além da perícia da Polícia Civil gaúcha, o Corinthians contratou outras duas de forma particular, uma delas forense, e ambas afirmaram que Rafael Ramos não cometeu injúria racial contra Edenilson. A postura do atleta é essa desde que foi detido ainda no Beira-Rio. Para Roberto de Andrade, diretor de futebol do Timão, um possível andamento do caso é um "absurdo".




“Primeiro que nós não somos advogados, o nosso advogado está cuidando disso. Eu, particularmente, acho um absurdo, porque o fato de o laudo seja inconclusivo não aponta que ele disse ou não disse, fica uma palavra contra a outra. Mas o Corinthians contratou duas perícias, uma forense, e deram que o Rafael nunca disse a palavra macaco. Eu espero que isso se resolva o mais rápido possível, porque é um desgaste muito grande para os dois. Os dois laudos contratados têm valor forense também, pode ser que o delegado também tenha se antecipado”, disse.

Na última quinta-feira, o delegado Roberto Sahagoff, da Polícia do Rio Grande do Sul e que é responsável pelo caso, disse que dará sequência ao inquérito mesmo após laudo de perícia inconclusiva da Polícia Civil gaúcha. Segundo ele, há "indícios suficientes" para tal. Diante disso, o Corinthians estuda uma ação jurídica por abuso de autoridade.

Na quarta-feira, o Instituto-Geral de Perícias do Rio Grande do Sul enviou um laudo de leitura labial à 2ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre. Segundo o documento, não foi possível identificar o que Rafael Ramos disse a Edenílson no último jogo entre Corinthians e Internacional.

O caso aconteceu no dia 14 de maio, quando Timão e Colorado se enfrentavam no Beira-Rio, pelo Brasileirão. Edenílson alegou ter ouvido a palavra "macaco" dita por Rafael Ramos a ele e abriu um boletim de ocorrência contra o jogador do Corinthians.

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