Roberto de Andrade e Alessandro Nunes explicam saída de Jô: "Rescisão partiu dele" - Gazeta Esportiva
Roberto de Andrade e Alessandro Nunes explicam saída de Jô: "Rescisão partiu dele"

Roberto de Andrade e Alessandro Nunes explicam saída de Jô: "Rescisão partiu dele"

Gazeta Esportiva

Por Marina Bufon

10/06/2022 às 14:17 • Atualizado: 10/06/2022 às 14:45

São Paulo, SP

A situação envolvendo o centroavante Jô, que rescindiu contrato em comum acordo com o Corinthians na última quinta-feira, foi o principal assunto da coletiva de imprensa dada por Roberto de Andrade, diretor de futebol, e Alessandro Nunes, gerente de futebol, na tarde desta sexta-feira no CT Dr. Joaquim Grava.

Conforme explicado por eles, a iniciativa de rescindir o contrato partiu do jogador. A conversa aconteceu pelo telefone e, na quinta, os representantes do jogador é que compareceram ao clube para acertar os detalhes. Além disso, o técnico Vítor Pereira não participou da decisão, foi apenas comunicado dela.

"Todos sabem o que aconteceu, fomos informados pelo vídeo (da roda de samba) também. Ontem (quinta) a conversa que tivemos com o Jô foi por telefone. Quem veio ao CT foram seus representantes. Conversamos e mostramos que não tinha outra saída a não ser a rescisão do contrato. Ela depende muito mais do atleta do que do clube, porque o clube tem que pagar. Nessa conversa, mostramos que a situação ficou praticamente insustentável perante ao grupo, torcida, a todos. De comum acordo, resolvemos findar o contrato. Vamos pagar o que tem que pagar ao Jô e ele abriu mão daqui para frente do que tem quer receber", iniciou Andrade, complementado por Alessandro:

“A primeira iniciativa de rescisão de contrato partiu dele. Ele não vai mais seguir no Corinthians, mas continua sendo um atleta, um profissional. O estafe veio ontem para o CT e finalizamos o processo. Não tem nada de diferente a não ser isso. Temos um compromisso que vamos honrar, mas, daqui para frente, não mais”.

Com a saída de Jô, o Alvinegro ficou com uma opção a menos de centroavante. Com isso, o clube busca encontrar no mercado um jogador que supra essa nova ausência, mas o perfil ainda está sendo traçado.

"Com a saída do Jô, ficamos com uma opção a menos de centroavante. Precisamos aguardar a janela, porque agora não temos o que fazer. A gente é que a gente reponha a saída do Jô, só não sei se conseguiremos fazer isso já, temos que aguardar a janela. Primeiro a gente tem que detectar o atleta que a gente quer, concorrência de outros clubes é outro problema. A gente tem condições sim, por que não? Vamos atrás, mas primeiro temos que achar o atleta", complementou.

Outros assuntos ainda foram abordados, como outros reforços, a situação de Luan e também de Rafael Ramos. Confira abaixo outros trechos da coletiva:




Luan - Roberto de Andrade

É uma coisa que nos preocupa bastante também. Chegou a ser eleito melhor atleta das Américas, sabemos do potencial dele, mas não sabemos o que está acontecendo. Foi convocado para alguns jogos e na véspera ou até no jogo se colocou fora por incômodo, dores, enfim, não foi para o jogo. ´pE uma situação delicada, o Corinthians tem contrato, não é tão simples fazer rescisão. O que estamos tentando fazer é, nesta próxima janela, conversar com clubes interessados e o Luan, se ele não consegue jogar aqui, jogar em outro lugar. É uma situação que nos incomoda bastante, nos atrapalha no dia a dia e queremos uma solução. A mais perto é nessa janela resolver essa situação”.

Jô - Alessandro Nunes

“A decisão foi tomada em comum acordo, o que ele cometeu foi muito grave. Nós temos uma gratidão tamanha pelo que ele fez com a camisa do Corinthians, não vou falar mais do aspecto técnico porque não é mais atleta do clube. A decisão é voltada numa conduta profissional, com seus deveres, obrigações, temos uma temporada muito importante e significativa para frente. Tudo que for feito fora do trabalho, também vai refletir dentro de campo, não vamos compactuar com isso. O problema foi externado, solucionado e o Corinthians vai seguir. Vamos achar soluções. Desejamos sorte e que ele tenha uma boa carreira, tem muito a performar, vida que segue, o Corinthians e o Jô”.

“O Jô vinha jogando e teve uma pancada na perna, ficou de fora. Até então todos nós sabemos o quanto ele evoluiu, até no aspecto físico. Emagreceu, o Jô vinha jogando bem. Nesse exato momento, estava entregue ao DM, estava com problemas e a carga dele foi dobrada no DM, então houve algumas ausências, ele foi punido, culminou com o que vocês já sabem. Ele foi muito importante, temos gratidão, mas não é mais atleta do clube. Faltas e foi penalizado, essa última foi mais grave e foi penalizado com a rescisão. No pós-jogo já expressamos nossa preocupação e depois tomamos uma decisão em conjunto”.

Rafael Ramos - Roberto de Andrade

“Primeiro que nós não somos advogados, o nosso advogado está cuidando disso. Eu, particularmente, acho um absurdo, porque o fato de o laudo seja inconclusivo não aponta que ele disse ou não disse, fica uma palavra contra a outra. Mas o Corinthians contratou duas perícias, uma forense, e deram que o Rafael nunca disse a palavra macaco. Eu espero que isso se resolva o mais rápido possível, porque é um desgaste muito grande para os dois. Os dois laudos contratados têm valor forense também, pode ser que o delegado também tenha se antecipado”.

Rafael Ramos - Alessandro Nunes

"Rafael Ramos está muito tranquilo, muito seguro, ele sabe todos os passos dos nossos advogados. As perícias, os laudos, acho que se houvesse algo mais efetivo para se estabelecer, já estaria na mesa. Vai nos ajudar muito ainda dentro de campo".

Pedido de saída das organizadas - Roberto de Andrade

“Não é a primeira vez que fazem isso, vou responder algumas coisas: respeito, todos têm o direito de protestar e reclamar. Eu li a nota e diz que a gente não fala há tantos dias, mas queria lembrar que o futebol, na época de hoje, mudou um pouco do que era antigamente. Hoje existem outros meios de o clube falar com seu torcedor, e cada vez menos os dirigentes falam. Hoje tem vídeos que mostram os treinamentos, explica o que está acontecendo, todos se informam, o Corinthians é um dos clubes que mais informam seus torcedores. É um direito que eles têm, falo por mim: avaliação de um profissional de longe não existe. Quem sabe se estamos fazendo um bom trabalho é o presidente, não quem está de fora. Os problemas que surgem, resolvemos internamente, como tem que ser feito. Tudo aquilo que a gente entende que é importante o torcedor saber, a gente fala. Não significa que a gente não está fazendo nada. Quem pode fazer avaliação é o presidente do clube. Se eu não estivesse ajudando o clube, eu mesmo pediria para ir embora, não tem problema nenhum com isso, com vaidade, com cargo. Mas a gente está aqui colaborando com o clube. Respeito a manifestação de todos, mas é simples falar para sair diretor, técnico, esse ou aquele. Não vejo o porquê dessa fala, o que a diretoria está fazendo de errado”.

Pedido de saída das organizadas - Alessandro Nunes

“As manifestações de torcedores das maiores organizadas são importantes que ocorram, hoje estamos numa posição importante, respondemos por eles sim. Tomamos nossas decisões diariamente, é comum. Toda vez que ocorrer uma manifestação pacífica, é importante que aconteça. Sempre aceitaremos numa boa os pedidos do presidente e da torcida, mas tem que ser dessa forma, pacífica, cobrar o clube numa posição melhor na tabela, vitória. Isso é muito comum. Não podemos agir com estranheza. É sempre tentar responder o que estamos fazendo dentro do departamento de futebol”.

Atletas emprestados - Alessandro Nunes

Todos os atletas emprestados têm até o final do mês, contrato vigente, só a partir de então. Deixar claro isso. É uma avaliação da nossa área técnica, o Vítor tem conhecimento de todos os atletas. Estão havendo bastante consultas desses quatro atletas especificamente falando, ou cinco, falando do Madson, que performou muito bem nessa temporada. Tem uma intenção de o Inter ficar com o atleta (Bruno Méndez), se o Inter tem vontade de contar com ele em definitivo, depende deles. Já passamos a nossa posição, os nossos valores, está perto disso”.

Reforços - Roberto de Andrade

“Eu enxergo que o elenco está curto, não concordo, mas em algumas posições. Pela quantidade de jogos, é massacrante, é pouco tempo de recuperação, mas as oportunidades de mercado o Corinthians sempre esteve aberto, independente da posição. Lógico que a prioridade é quando se tem menos opções no setor. Vamos aproveitar a janela para deixar o elenco mais forte”.

Bruno Méndez - Alessandro Nunes

“Está flexível no valor. A gente nunca pré-estabeleceu para o Inter que era por aquele valor, o Inter sabe disso e o atleta também. O Inter está muito próximo, falta um esforço final. Está nas mãos do Inter e não do Corinthians.”

Ameaças a jogadores - Roberto de Andrade

“Na realidade ninguém fica confortável com esse tipo de atitude. Cássio, Willian e outros jogadores que receberam ameaças ficaram satisfeitos, mas em nenhum momento vão deixar o clube. O Corinthians, momento do país, do futebol, são momentos que acontecem. Os rapazes foram para a delegacia e pediram desculpas”.

Reclamações de jogadores

“Que problemas que eu não sei? Não sei quais são. Insatisfação por não jogar. Jogam 11, os que ficam de fora que reclamam (Róger Guedes). Não tem problema nenhum, não vejo problema nenhum aqui dentro. Ele é um atleta de futebol, ele entende que ele quer jogar. Quem escala o time é o treinador, não eu. Ele escolhe os melhores. Eu quero deixar bem claro, todos falam do Róger: ele não traz um problema no nosso dia a dia, é uma excelente pessoa, menino, chega antes e vai embora depois. O fato de ficar insatisfeito por não jogar. Desculpe, mas isso não é problema nenhum. Ele, em campo, se dedica, se mata pelo Corinthians. Se administra isso tranquilamente”.

Corinthians pode jogar mais? - Alessandro Nunes

“Não vou fugir do assunto, mas temos uma área técnica e um treinador que têm mais autoridade para falar dessas questões. Claro que podemos jogar mais, disputamos três competições. Existe sempre jogar bem dentro desse contexto. Infelizmente não será em todos os momentos, mas a busca para isso está incansavelmente está sendo buscado pela área técnica. Vamos encontrar um melhor equilíbrio, que o torcedor fique feliz pelo resultado e pela performance”.

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