“Eu voltei a correr para emagrecer”, brincou o maratonista. “Vou fazer a prova com minha esposa e um amigo. Naquela época eu era um atleta de competição e estava mais preparado no ano seguinte. Porém não estava em condições de fazer uma prova tranquila porque tinha muita gente e agito. Nós, de forma geral no atletismo, não estávamos preparados para esse tipo de atenção. Foi uma coisa que atrapalhou um pouco. No ano anterior, eu estava descansando na véspera. Faltou saber lidar com esse tipo de cobrança que é normal, mas não tínhamos naquela época um entendimento de como lidar com isso e isso me atrapalhou um pouco”.
Além disso, Iser Bem destacou a importância da São Silvestre, corrida que ele credita como a responsável por disseminar o esporte no país. Ele também comentou que a maneira como ele venceu a prova em 1997 permitiu ele receber tanto reconhecimento.
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“A São Silvestre é de longe a prova mais importante que nós temos. É histórica, não só por toda a tradição, mas pela projeção que ela alcança. Eu acho que ela contribuiu muito para a corrida chegar onde está hoje, a ponto de eu ter vencido a São Silvestre e ter passado a ser conhecido inclusive fora do país. A vitória aqui valoriza muito. Para mim foi muito importante vencer, mudou muito a minha vida, me abriu muitas portas e o reconhecimento por muitos anos de trabalho árduo. Foi um dia muito especial e foi fantástico, até hoje tem reconhecimento 20 anos depois”, contou.
“Eu acho que minha São Silvestre foi especial pela maneira que ela aconteceu. O adversário (Paul Tergat) que estava em questão e a maneira que a prova terminou, com um final bastante emocionante. Até hoje tem esse reconhecimento o que mostra como a prova é importante”.
*Especial para a Gazeta Esportiva
