Presidente do Timão se preocupa com arena e espera resposta da Odebrecht - Gazeta Esportiva
Presidente do Timão se preocupa com arena e espera resposta da Odebrecht

Presidente do Timão se preocupa com arena e espera resposta da Odebrecht

Gazeta Esportiva

Por José Victor Ligero e Marcelo Baseggio

01/11/2016 às 15:15 • Atualizado: 01/11/2016 às 17:45

São Paulo, SP

Roberto de Andrade jogou responsabilidade dos problemas no estádio para a construtora (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)
Roberto de Andrade jogou responsabilidade dos problemas no estádio para a construtora (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)


O vazamento que acontece no subsolo do estacionamento do Estádio de Itaquera é de responsabilidade da Odebrecht, construtora que ergueu a arena, segundo o presidente do Corinthians, Roberto de Andrade. Nesta terça-feira, o jornal a Folha de S.Paulo apontou que o vazamento de 10 milhões de litros d’água pode acarretar em um deslizamento e atingir a via Radial Leste, próxima ao estádio.

“Quem tem que responder sobre isso, atestar para ver se tem ou não tem problema, é a construtora. Eles que são aptos e construíram o estádio – a engenharia vai até a obra, irá verificar, e atestar se tem condições (de receber partidas) ou se não tem”, declarou o mandatário, após o lançamento do Campeonato Paulista 2017, na sede da Federação Paulista de Futebol (FPF), na Zona Oeste da capital.

De acordo Andrade, o clube contratou uma empresa para investigar eventuais irregularidades por parte da Odebrecht nas obras em Itaquera. “O que a gente já vem fazendo não é de hoje, nem por conta desse problema, é uma auditoria em toda a obra, que vai analisar todas as especificações que foram colocadas na obra e se estão de acordo - se o fio que foi colocado na obra é o que estava no contrato em que a Odebrech nos cobrou”, explicou.

“A Odebrecht ainda é e continuará sendo responsável pela obra. Se der algum problema lá na arena, quem vai responder é a construtora. Por isso nós contratamos uma construtora para fazer o estádio”, esbravejou o dirigente.




Questionado se teme pela interdição do estádio, avaliado em R$ 1,6 bilhão, Roberto de Andrade afirmou que se preocupa com a segurança das pessoas que venham a frequentar o local. Na reportagem da Folha de S.Paulo, foram reveladas falhas na estrutura interna e externa da arena, como buracos no piso do estacionamento, rachaduras na parede do setor norte das arquibancadas e quedas de placas da cobertura e parede, locais em que há movimentação do público.

“Não é que tememos, mas ficamos preocupados com as notícias por conta da segurança de todos os usuários do estádio. Nós precisamos que a engenharia ateste se o estádio está apto para ser usado ou não”, admitiu o presidente corintiano.

Por fim, Andrade respondeu acerca de uma suposta fraude – veiculada também nesta terça-feira, pela Revista Época -, em que teria assinado o contrato de locação do estacionamento entre Corinthians, Omnigroup e fundo de investimento ainda sem ser o presidente do clube. De acordo com a publicação, que teve acesso a documentos, Roberto assinara o contrato em 10 de janeiro de 2015, 27 dias antes de assumir a posse, o que configuraria fraude.

Roberto, contudo, desmente a versão da revista. “O contrato foi feito no dia 25 de janeiro, foi para o Departamento Jurídico, onde se analisa, foi dado o parecer, foi para as outras partes a serem assinadas, para o fundo, e quando ele vem para o presidente do Corinthians assinar, que seria a última assinatura, eu já era presidente. Não tem nada de irregular nisso. A data do contrato permaneceu a mesma do dia 25, mas a assinatura dele foi posterior a minha eleição, em que eu já exercia o mandato de presidente do Corinthians”, concluiu.

Em nota divulgada nesta tarde, a agremiação de Parque São Jorge refuta a hipótese de deslizamento na área externa da arena e reforça que está sendo feita uma auditoria para averiguar as causas do problema.

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