Nadal supera desconfiança para fazer melhor campanha desde 2014
Por Redação
25/01/2017 às 11:48
São Paulo, SP
“Mesmo quando vencia tinha muitas dúvidas, então vocês podem imaginar que tenho muito mais quando não estou vencendo e tenho lesões. Estou preparado para trabalhar mais. Tive uma grande carreira, mas muitos momentos difíceis, então eu aproveito ainda mais os bons momentos que tive”, afirmou Rafa após a partida contra Raonic.
Agora na semifinal, Nadal terá mais um confronto duríssimo, o búlgaro Grigor Dimitrov, que eliminou David Goffin com tranquilidade e vem tendo um dos melhores começos de temporada de sua carreira.
“Grigor é um jogador incrível. Todos já pensavam que ele seria um dos grandes jogadores antes de hoje. Ele começou a temporada de forma inacreditável. Está jogando muito, muito bem. Muito confiante. Vou ter uma partida muito complicada. Sei que terei de jogar meu melhor tênis para ter uma chance”, acrescentou Nadal.
Em 2016, Nadal e Dimitrov se enfrentaram nas quartas de final do ATP 500 de Pequim e o búlgaro venceu com tranquilidades por 2 sets a 0. Na atual temporada, o tenista bateu o japonês Kei Nishikori e foi campeão do ATP 250 de Brisbane.
Nas quartas de final em Melbourne, o Rei do Saibro adaptou seu estilo e jogou mais perto da linha da quadra, diferente das partidas anteriores, quando ficou mais afastado. “Raonic me venceu duas semanas atrás em Brisbane, então decidi que ficaria mais dentro da quadra para retornar. Ele tem um dos dois melhores saques do circuito e é capaz de jogar de forma muito agressiva no retorno”, analisou o tenista. Na partida desta quarta, Raonic falhou em momentos decisivos e Nadal não perdoou, vencendo por 3 sets a 0.
Na outra semifinal da competição, Stan Wawrinka e Roger Federer farão um duelo de suíços que promete muita qualidade. E Nadal já garantiu que não perde esse confronto por nada. “Adoro o esporte. Quem não assistir essa partida não ama o tênis”, concluiu.
Com Nadal (30 anos). Wawrinka (31) e Federer (35), a semifinal do Aberto da Austrália de 2017 será apenas a segunda da história da Era Aberta (desde 1968) com três atletas “trintões”. Dimitrov é um dos nomes da geração “pós-Federer e companhia”, com 25 anos.