Pablo ainda não havia jogado com Cuca, o técnico assumiu o comando da equipe logo após o atacante ficar fora de disposição, entre as duas partidas da semifinal do Campeonato Paulista. Sob comando do treinador, o camisa 9 teve papel diferente do realizado com o interino Vagner Mancini, e seu antecessor André Jardine.
Antes utilizado como referência, Pablo circulou mais pelo campo no clássico de sábado. O atacante teve bastante participação tanto pelo lado esquerdo, onde ficou com a bola 33,3% do tempo, quanto pelo lado direito, onde o índice chegou a 29,6%, muito mais do que no centro do ataque, onde teve a bola apenas 7,4% do tempo. Os números são do site especializado em estatísticas Footstats.
Se movimentando mais em direção as pontas, o camisa 9 abriu espaço para que outros jogadores, em especial Pato, recebessem a bola na faixa central do ataque para atuar como referência. O camisa 7 passou muito mais tempo com a bola no setor que Pablo, 22,5%.
A movimentação com Pato fica clara em dois ataques promissores do São Paulo no primeiro tempo. No primeiro lance, aos cinco minutos, Hudson recebe um passe em profundidade e avança para a área. Enquanto Pato se posiciona no meio da área, para ser a primeira opção de passe do volante improvisado na lateral, Pablo abre mais à esquerda.
Após o São Paulo abrir o placar, mais um lance de perigo com Pablo na esquerda e Pato centralizado. Aos 15 minutos, Hernanes chama a marcação dupla na intermediária e solta passe para o camisa 9, que está posicionado na esquerda, enquanto Pato corre para o meio para dar opção dentro da área. Pablo tenta o toque para o camisa 7, mas acaba tropeçando na passada e tem seu passe bloqueado pelo defensor palmeirense.
No lance do gol, Pablo trabalhou como referência mais centralizada, enquanto Hernanes construía a jogada aberto na direita e Pato corria mais à esquerda, dando opção na segunda trave. O tento foi o quinto do atacante no ano, que mesmo tendo ficado de fora das nove primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro, é o artilheiro do São Paulo no ano.
Na última partida de Pablo antes do retorno no sábado, contra o mesmo Palmeiras, pela semifinal do Paulistão, o atacante foi utilizado por Vagner Mancini como centroavante fixo na faixa central, sem se movimentar tanto. No clássico disputado em março, o camisa 9 passou 39,4% do tempo com a bola no centro do ataque, além de 6,1% na esquerda e 9,1% na direita.