Hernanes elogia Cueva, mas abre concorrência com o peruano
Por Tiago Salazar
25/07/2017 às 15:51
São Paulo, SP
“Eu sempre tive a percepção que para conhecer um jogador você só precisa de um toque na bola. Um toque e você consegue diferenciar se o jogador é diferenciado ou não. Ele é diferenciado. Talvez a gente dispute posição, mas isso é bom, isso é sadio, válido para o grupo”, comentou o ídolo são-paulino, antes de brincar sobre o que mudou em seu jogo após o período na Europa.
“Teríamos de almoçar juntos para poder falar sobre isso”, disse, aos risos. “É como o feto da barriga da mãe. Está vivo, mas não tem contato com o mundo. É inevitável ter um crescimento, você vê coisas diferentes, conhece pessoas que pensam diferente”.
“Eu, taticamente, sinto que cresci bastante, porque na Itália se dá muita importância a isso. Muito teórico. Quando você é inserido nesse futebol, você aprende noções de posicionamento, marcação, minha pegada aumentou, no sentido de contato físico. São duas coisas que vejo que eu cresci: taticamente e contato físico”, completou.
O físico, aliás, pode ser determinante para Hernanes estrear nesse sábado, contra o Botafogo, ou não. Nessa temporada, foram apenas sete partidas, sendo que a última há pouco mais de três meses. Nada que tire o otimismo do reforço.
“Acredito que estou pronto. Estava treinando normalmente, faz um ano e meio que não falto a um treinamento, graças a Deus sem lesões. Acredito que estou pronto, mas o que vai dizer é o tapete verde. Enquanto não entrar em campo... o Dorival, vendo minha situação, vai se decidir”, ponderou.
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E apesar da satisfação com a recepção calorosa tanto do clube quanto dos torcedores, Hernanes está ciente de que também carrega consigo uma carga extra de responsabilidade e expectativa, principalmente com o momento do time na temporada. O jogador não se esquivou da pressão, mas deixou claro que não resolverá nada sozinho.
“Em um jogo um jogador pode fazer a diferença, no outro jogo outro jogador pode fazer a diferença. Para ter um campeonato regular, tem de ter um time muito bem equilibrado. Eu estou disposto e assumo a responsabilidade de vestir essa camisa, honrar essa camisa e ajudar naquilo que eu posso ajudar. Mas, sempre será o conjunto”, avisou.