Alan Kardec pede oportunidades e ouve resposta atravessada de Bauza - Gazeta Esportiva
Alan Kardec pede oportunidades e ouve resposta atravessada de Bauza

Alan Kardec pede oportunidades e ouve resposta atravessada de Bauza

Gazeta Esportiva

Por Edoardo Ghirotto

02/03/2016 às 08:00 • Atualizado: 02/03/2016 às 11:48

São Paulo, SP

(Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)
Bauza ficou surpreso com as reclamações de jogadores após a vitória contra o Mogi (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)


Acionado aos 41 minutos do segundo tempo para substituir Calleri na vitória por 2 a 0 sobre o Mogi Mirim, na terça-feira, Alan Kardec deixou o Pacaembu pedindo mais oportunidades ao técnico Edgardo Bauza. Além de cobrar uma vaga entre os titulares, o atacante deu a entender que a personalidade reservada do Patón tem dificultado a comunicação com o grupo. Ao tomar conhecimento das declarações, o treinador argentino demonstrou surpresa e tratou de se defender das alegações de que não conversa pessoalmente com seus comandados.

"Tenho recebido algumas oportunidades, mas quero ter mais chances. Nos meus sonhos, só isso não basta. Eu quero sempre ajudar a equipe. Muitas vezes, a conversa tem que partir do treinador. Não cabe ao jogador tomar a liberdade para conversar, ainda mais quando se trata de um caso em que o técnico está nos conhecendo. Mas essa comunicação não aconteceu", disse o centroavante.

Kardec fez quatro partidas como titular, mas perdeu a posição para o argentino Calleri após apresentar algumas lesões no início de temporada. Ao rebater as declarações do jogador, Bauza aproveitou para abordar o caso do atacante Rogério. Apesar de ter feito um gol contra o Mogi Mirim, o atleta reclamou por ter sido improvisado na armação das jogadas. O posicionamento parece não ter agradado o Patón.

"Eu converso. Conversei com o Rogério e disse o que queria dele. Ele tem que fazer melhor, nada mais. Conversei com o Kardec também. Ele jogou algumas partidas e depois é uma luta. Assim como o Kieza, que pôde entrar algumas vezes e terá outras oportunidades em algum momento. Poderia seguir nomeando outros aqui, mas falo com os jogadores o que é necessário. Depois eles têm que demonstrar e deixar claro nos treinamentos que estão prontos para jogar. Eles sabem que o melhor jogará. Não me apego à trajetória ou a nada disso. O mais importante é a equipe", afirmou o comandante.

Confiante em seus métodos de trabalho, Bauza ressaltou que tem imprimido ao São Paulo um estilo de jogo que os atletas "respeitam até morrer". Para o técnico, a equipe está "ordenada e equilibrada", mas o ataque ainda precisa de aprimoramentos. "Hoje temos um esquema muito definido e precisamos melhorá-lo. Precisamos crescer para não termos problemas. Costumo dizer que esse time tinha Luis Fabiano e Pato no ano passado. Creio que juntos fizeram 35 gols em 2015. Não é fácil fazer 35 gols, mas temos que alcançá-los", disse o ambicioso treinador.

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