Levir Culpi vê Santos tão cobrado quanto Barcelona e Real Madrid
Por Redação
28/10/2017 às 20:38
São Paulo, SP
"Foi um resultado normal, se não fossem essas coisas extra-campo. Não estou contente com o resultado, mas o time correu muito e procurou. Hoje tivemos dificuldade com o gramado, sentiram a dificuldade no passe, porque nosso jogo é rápido. O gramado não foi molhado como sempre é aqui, e não sei por quê", disse o treinador, antes de se aprofundar no clima pesado que o Santos tem tido em seus bastidores.
“Quem acompanha mais de perto entende como funciona, a dificuldade hoje faz parte do campeonato, semana que vem vai ser uma dificuldade e muito parecida. As entrevistas, as críticas caminham junto com o campeonato, tudo normal. O anormal é o desespero das pessoas em desestabilizar o clube, que desde o início está brigando lá em cima”, comentou, para em seguida comparar a cobrança em cima do Peixe com o que sofrem dois dos maiores clubes do mundo.
“Não existe disparidade grande, não estamos jogando na Espanha. A cobrança no Santos é pertinente ao Barcelona e ao Real Madrid, porque só tem dois times na Espanha, os outros times têm 1% da folha (salarial de Barcelona e Real Madrid). Mas aqui não. Vai jogar contra a Ponte Preta para você ver... E a cobrança em time grande é inexplicável, para mim. Não existe essa superioridade aqui, isso está meio chato, não que não tenhamos problemas, não que não tenhamos erros, mas os críticos têm que se colocar no lugar das pessoas”, reclamou.
Levir Culpi chegou a pedir, de forma indireta, uma trégua aos críticos, questionou o posicionamento dos comentários feitos sobre seus jogadores e admitiu que todo esse clima tem pesado na atitude dos atletas em campo nessa reta final de Campeonato Brasileiro.
“É uma somatória. Nosso jogo também não foi tão bom hoje, o problema é o final, tem que chegar na torcida, o desrespeito à perda do emprego, a malhação, o julgamento precoce, isso que deixa um pouco irritado todos os profissionais, mas os tropeços nós estamos acostumados, vamos continuar brigando para chegar lá em cima, não quero que os jogadores percam essa esperança, mas nem todos conseguem fazer tudo muito bem, sempre vai ter gente ali passivo de crítica. É logico que o time se desestabilize, porque somos muito emocionais”, avisou Levir, incomodado.