Juary agradece a Coutinho: "Foi um pai, não seria o jogador que fui sem ele" - Gazeta Esportiva
Juary agradece a Coutinho: "Foi um pai, não seria o jogador que fui sem ele"

Juary agradece a Coutinho: "Foi um pai, não seria o jogador que fui sem ele"

Gazeta Esportiva

Por Lucas Musetti Perazolli

12/03/2019 às 09:48 • Atualizado: 12/03/2019 às 15:57

Santos, SP

Juary comparece ao velório de Coutinho (Lucas Musetti)


Juary, um dos destaques do Santos entre o fim da década de 70 e os anos 80, compareceu ao velório de Coutinho na manhã desta terça-feira, na Vila Belmiro.

O ex-atacante não atuou com Coutinho, mas trabalhou com ele no Peixe e lembra bem dos seus ensinamentos inesquecíveis.



"Vou falar do homem. Foi um pai para mim, um pai extraordinário que me ensinou muito. Não joguei com ele, mas trabalhei. Estará sempre no meu coração e, se eu virei o jogador que eu virei, muito devo ao Coutinho. Não seria o jogador que fui sem ele. Por aquilo que me ensinou lá atrás, no começo e eu procurei entender. Hoje não existe mais isso. Perdemos o maior centroavante desse clube. Passaram muitos camisas 9, mas centroavante mesmo foi o Coutinho. Foi um dos maiores do mundo", disse Juary.



"Foi aqui na Vila Belmiro, bola sobrou na pequena área e foi parar na padaria. Ele veio e falou: "Menino, vem cá". Deu um tapa e ela foi entrando, nem chegou na rede. Cadê a torcida? Está em pé? E o bandeirinha correu? Então, para que arrebentar a bola, está com raiva? Nunca mais dei um chutão, aprendi com ele. Foi uma lenda viva, convocado com 14 anos para seleção brasileira profissional!", relembrou.

Trajetória

Coutinho morreu aos 75 anos no início da noite desta segunda-feira, em sua residência, em Santos, por causa de um infarto em decorrência da pressão alta e diabetes. Em janeiro, ele chegou a ser internado na UTI depois de pneumonia.


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Antônio Wilson Vieira Honório, mais conhecido como Coutinho, é o terceiro maior artilheiro da história do Peixe. Atuou entre 58 a 67 no Alvinegro, com 368 gols em 457 partidas. Ele ainda defendeu Vitória, Bangu e Atlas-MEX e se aposentou em 1973 no Saad.

Coutinho conquistou seis títulos paulistas, cinco brasileiros, duas Libertadores e Mundiais de Clubes. E foi campeão mundial pela seleção brasileira em 1962.


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