A gestão do Santos apresentou uma defesa, mas o Conselho Fiscal ainda quer a reprovação das contas do presidente José Carlos Peres em 2018.
No dia 15 de abril, o Conselho Deliberativo aprovou por ampla maioria (exceção foi uma santista) o "não" para as demonstrações financeiras. Agora, depois da defesa e a manutenção do parecer, os conselheiros votarão novamente na próxima terça-feira, em reunião na Vila Belmiro.
Se a reprovação for mantida, a Comissão de Inquérito e Sindicância emitirá um relatório para apontar ou não irregularidades administrativas. Em caso de gestão temerária, a chapa pode deixar o mandato. Haveria também o precedente para novos pedidos de impeachment.
O resultado final de 2018 apontou um déficit de R$ 77 milhões, sem contar o dinheiro da venda de Rodrygo para o Real Madrid – 20 milhões de euros (R$ 87,5 mi) da primeira parcela, já paga, e 25 milhões (R$ 109,4 mi) a serem quitados em junho. A diretoria comandada por Peres ainda diz ter pago R$ 74 milhões em compromissos pendentes de gestões anteriores.
O Conselho Fiscal, por unanimidade, emitiu um relatório sugerindo a reprovação das contas. Além do déficit, o grupo questionou intermediações com o total de R$ 5 milhões para contratações e renovações, admissão de PJ’s e criação de cargos sem orientação, gasto em cartões corporativos, descumprimentos estatutários e falta de aplicação de normas da FIFA e do Profut.
No primeiro relatório, o CF não classificou os itens. Agora, há 15 tópicos, entre "itens informativos, "itens para ressalva" e três "itens impeditivos à aprovação". O parecer foi mantido praticamente na íntegra.
