Sem Bruno José Daniel, Santo André procura estádio para possível volta do Paulista - Gazeta Esportiva
Sem Bruno José Daniel, Santo André procura estádio para possível volta do Paulista

Sem Bruno José Daniel, Santo André procura estádio para possível volta do Paulista

Gazeta Esportiva

Por Victor Boni*

03/05/2020 às 08:00

São Paulo, SP

Com a paralisação do Campeonato Paulista devido à pandemia do novo coronavírus, o Santo André não sofreu apenas com o fim dos contratos de boa parte do elenco e comissão técnica. O Ramalhão ainda viu o Estádio Municipal Bruno José Daniel ser aproveitado como hospital de campanha no combate à doença.

Em entrevista à Gazeta Esportiva, o executivo de futebol do Santo André, Edgard Montemor, explicou que o clube, ao mesmo tempo que negocia com os jogadores para garantir o elenco em uma possível retomada do Paulistão, procura um novo local para mandar seus jogos, caso a competição efetivamente volte a ser disputada.

Estádio Bruno José Daniel está sendo utilizado como hospital de campanha (Foto: Angelo Baima/Prefeitura de Santo André)


“Isso é uma realidade. O Santo André não tem a mínima possibilidade de utilizar o Estádio Bruno José Daniel, acredito, nesse ano inteiro, independentemente de quando voltar a competição. E o Estádio Bruno José Daniel, mais do que nosso campo de jogo, é onde a gente tinha nosso departamento médico, fisioterapia, onde os jogadores se encontravam para sair para os treinos. Então, o Santo André já está vendo algum lugar para ficar, seja na região ou no interior. Quanto ao mando de jogo, vamos aguardar a Federação Paulista, mas são vários os estádios que poderiam abrigar os jogos do Ramalhão”, disse. 

Caso o torneio estadual seja retomado e o clube do ABC Paulista encontre um novo estádio, Montemor garante que os jogos serão realizados com os portões fechados.

“Essa é uma das poucas certezas que a gente tem. Seria inviável um retorno com portões abertos, com público, fazer quartas de final com 30, 40, 50 mil pessoas. Acho que é irresponsável, no mínimo. Então esse retorno vai se dar com portões fechados, com certeza”, comentou. 




O dirigente também falou sobre o impacto financeiro da crise causada pela covid-19, admitindo que Santo André ainda não conseguiu quitar os salários do mês de março

“O Santo André ainda não recebeu a última cota e, por isso, não conseguiu acertar ainda os salários de março. Em uma eventual classificação e em um possível jogo que poderia acontecer contra o Palmeiras, há a perda da renda, que seria dividida entre as equipes, pois seria com os portões fechados. O próprio clube social do Santo André, que tem quase 5 mil sócios, está fechado, então a inadimplência cresce bastante. Isso também faz com que deixe de entrar dinheiro, enquanto os custos de manutenção do clube permanecem", disse, acrescentando que já houve rescisão de contrato por parte de patrocinadores da equipe.

“O nosso patrocinador principal não (rescindiu), mas algumas empresas menores, sim. Já perdemos alguns patrocinadores”, completou. 



Antes da interrupção do Campeonato Paulista, o Santo André ocupava a liderança da classificação geral e do Grupo B, com 19 pontos conquistados em dez partidas disputadas. O torneio parou após o término da 10ª rodada da primeira fase, em 15 de março. Os times ainda jogariam mais duas rodadas antes da fase de mata-mata, que teria quartas e semifinais em confrontos únicos. Só a grande final seria em duas partidas, ida e volta, com a decisão marcada inicialmente para o dia 26 de abril.

*especial para a Gazeta Esportiva

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