VP lamenta baixas ao longo de derrota para o Flu e confirma queda no emocional após perda da final - Gazeta Esportiva
VP lamenta baixas ao longo de derrota para o Flu e confirma queda no emocional após perda da final

VP lamenta baixas ao longo de derrota para o Flu e confirma queda no emocional após perda da final

Gazeta Esportiva

Por Marina Bufon

27/10/2022 às 01:23

São Paulo, SP

Após divulgar, em conjunto com a diretoria, que só definirá seu futuro no Corinthians após o término da temporada, o técnico Vítor Pereira falou, em longa entrevista coletiva, sobre a derrota diante do Fluminense e também o impacto que a derrota na final da Copa do Brasil ainda está tendo no elenco.

"'Hoje tudo está acontecendo', falávamos no banco. Quando o Bruno Méndez entrou e teve aquela queda, pensei ‘mais uma substituição’. Parecia que tudo aconteceria hoje. Foi um jogo com muitas incidências contra uma equipe que é forte e, para competirmos contra eles, temos que estar no nosso melhor nível", analisou brevemente, sobre o revés.

"O equilíbrio emocional caiu. Ainda estamos tentando reagir ao que aconteceu. O futebol não nos dá tempo para isso. Para ganhar em Santos, tivemos que ir ao limite. Falta alegria, eu sei, nós, como equipe, temos que trazer essa energia, porque, sem ela, não vai ser possível competir. Teremos um final do Brasileiro muito complicado", disse o treinador.

"Depois do jogo do Flamengo, em que fomos enchendo o balão de expectativa, naturalmente o balão estourou e nós, internamente, temos que ter a capacidade de dar a volta na situação. Cada um tem uma forma de reagir muito particular. Naturalmente, o clima emocional caiu um pouco, já percebi durante os treinos. Eu tentei com que reagissem, mas, honestamente, não sei se conseguiríamos fazer mais hoje", falou em outro momento,

O Corinthians volta suas atenções para o próximo sábado, para o jogo atrasado contra o Goiás, pela 32ª rodada do Brasileirão. Com a presença de ambas as torcidas, o duelo será na Serrinha, a partir das 19h30 (de Brasília).


Veja abaixo outros trechos da coletiva de Vítor Pereira:


Substituições no jogo

“Já tínhamos alguns problemas na construção da equipe, porque Adson está fora, Yuri também, Gustavo saiu… Ao longo do jogo, foi perdendo soluções contra uma equipe que joga um futebol que desgasta, quando está em vantagem. Isso sem falar no Maycon, no Júnior Moraes”.

Júnior Moraes

“Está sendo uma temporada que não tenho contato com ele. Não consegue treinar com uma intensidade alta, ainda está no departamento médico. É um problema que não sei explicar, somente o departamento poderia explicar”.

Desfalques

“Claro que me preocupa, são jogadores que acrescentam qualidade à equipe para uma reta final desta. Estar discutindo se o Vítor Pereira sai ou fica, é não focar no necessário para a próxima temporada. O Corinthians é maior que eu”.

Soluções para o jogo

“Se nós olharmos para o elenco, os extremos são Róger do lado esquerdo; quando nos falta o Yuri, o Róger vai de atacante, porque o Júnior não está e infelizmente não esteve quase a temporada toda; e temos um jovem que tem quase 20 anos, que não está preparado ainda (Giovane), não posso exigir isso dele. A solução é puxar o Róger para dentro, conseguiu fazer isso muito bem contra o Athletico-PR, mas hoje não conseguiu. Do lado direito, tínhamos Gustavo e Adson, os dois estão fora. Do lado esquerdo, o Vital”.

Reta final do Brasileirão

“Acho que todos os jogos serão muito difíceis, porque vamos enfrentar times que estão fugindo do rebaixamento e outras que querem acessar a Libertadores. São jogos diferentes, mas que vão exigir muito de nós, sendo que teremos ausências ainda, lamentavelmente”.

Mais sobre decisão de permanecer ou não

“A prioridade tem que ser o Corinthians, os resultados que podem condicionar a próxima temporada. O foco tem que estar nisso. A minha vontade é ficar, agora, eu tenho que decidir isso no timing e o timing não é o dos jornalistas, do torcedor, não é… Eu vejo poucos clubes contratando agora. Na minha opinião, três ou quatro posições têm que ser reforçadas, mas não já, com calma. Quem está com muita pressa não é o clube e nem eu, são os jornalistas, os torcedores. A vida vai se alterando de acordo com a realidade. Se o Corinthians quer e eu também, vamos tentar. Se o Corinthians não quisesse esperar, estava arrumada a questão. Se eu não quisesse ficar, estava arrumada a questão também. Vamos tentar, ter calma e esperar”.

Mercado da bola

“É algo que já falei várias vezes, quais as necessidades, na minha opinião, o clube está consciente disso. O mercado abre e fecha, não é começar já a contratar”.

Balanço do ano

“Se vocês olharem para a nossa temporada esse ano, a quantidade de jogadores ausentes… Só conseguimos jogar um futebol de qualidade quando temos jogadores para isso. Nós tivemos muitas ausências importantes. São Corinthians diferentes (com e sem esses jogadores). Fizemos uma Copa até a final, fizemos a Libertadores até as quartas, uma coisa que o clube não fazia há algum tempo. Fomos eliminados pelo Flamengo e não estávamos no nosso melhor nível. Ficamos quase o ano todo no G4 do Brasileirão. Temos que olhar para a realidade e ver tudo isso. O clube tem feito um ano, na minha opinião, consistente dentro das dificuldades, com a realidade que tem e com a torcida que é a melhor que eu tenho visto. Espero que seja possível qualificar a equipe para a Libertadores. Já preparamos algo neste ano para o futuro”.

Papel no planejamento

“O Vítor Pereira é um funcionário do clube, que está de corpo e alma e vai ajudar no que for possível, eu e meu estafe, de dar ao clube uma perspectiva de futuro daquilo que são nossas opiniões, relativamente às posições que devem ser reforçadas. Independentemente de ser comigo ou não, vai ser algo que fica no clube. Os jogadores que fomos observando ao longo da temporada e fomos sinalizando, porque esse trabalho é feito ao longo do ano”.

Briga direta contra o Flu

“Esta derrota em casa contra um adversário direto, em caso de vitória daria uma margem muito maior. Mas eu não estava achando que seria um jogo fácil. O impacto da perda de uma final quando criamos tantas expectativas e reunimos energia interior para ganhar essa final. Há quem pense que somos máquinas e temos que reagir imediatamente. Mesmo em mim, com tanta experiência, não é fácil. Eu senti que hoje ia ser um jogo muito complicado. O Fluminense não perdeu uma final, fomos nós. Isso é uma coisa que pesa”.

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