"Primeiro, é um sentimento de frustração muito grande, entendendo o sentimento do torcedor e o nosso interno, sabendo da nossa responsabilidade, do nosso peso e a expectativa criada. É uma frustração grande sair dessa forma da competição. Não conseguimos fazer um grande jogo, iniciamos mal e demoramos para colocar ritmo, tivemos dificuldade de nos impor, com méritos do adversário. Saímos todos tristes, assim como a Fiel. Temos que refletir e buscar melhorias, avançar em alguns aspectos", iniciou em entrevista coletiva pouco mais de uma hora após a eliminação.
"É uma grande frustração, pois estávamos numa crescente da equipe de desempenho e resultados. Frustração grande por entendermos o nosso peso e nossa responsabilidade. Os atletas também com essa clareza. Agora, esses ajustes que vamos fazer, em todas as áreas, nesse tempo maior do que esperávamos", complementou.
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Sem Renato Augusto, lesionado, Lázaro recorreu a Paulinho, que até fez o gol de empate, mas não tem as mesmas características do camisa 8. Questionado sobre reforços, o treinador deve realizar uma avaliação para pontuar as principais carências. Vale mencionar que Chrystian Barletta, atacante prestes a ser anunciado, esteve nesta noite na Arena.
"Agora, agora não é o momento (de fazer a avaliação), mas faz parte do processo. Já estávamos falando dessa situação, o clube já está se movimentando. Esse processo continua. Não era o que estava definido para agora, porque entendíamos que tínhamos a possibilidade de seguir na competição. Faz parte também, em todo o cenário de treinamento e evolução, entender quais são as nossas necessidades", concluiu.
Agora, o Corinthians aguardará o início do Campeonato Brasileiro e da fase de grupos da Libertadores, ambos no início de abril. A equipe também aguarda o sorteio dos confrontos da terceira fase da Copa do Brasil.
Confira outros trechos da coletiva de Fernando Lázaro:
Avaliação
“Não conseguimos ter uma efetividade na nossa dinâmica de construção, o passe não foi na velocidade, foi um pouco moroso. As questões do adversário demoramos um pouco, permitimos um ou outro contra-ataque, que sabíamos que eles procurariam no jogo. A gente não conseguiu ter esse primeiro momento no jogo que vínhamos tendo e que era necessário para esse momento de decisão”.
Vexame?
“Não sei dimensionar isso, no contexto geral. O time não conseguiu se impor no jogo, na construção, dificuldade para criar chances no último passe. Na parte final do primeiro e do segundo tempos, teve algumas chances, trabalhamos muito nessa linha da consistência primeiro, mas não conseguimos construir. Permitimos, ainda, o adversário sair na frente, atrapalha. Depois, com o empate, voltamos a estar no jogo, o segundo tempo foi melhor, mas, no geral, poderíamos ter saído com o resultado, mas não conseguimos estar no nível que estávamos antes. Isso acentuou o sentimento”.
Entrada de Paulinho
“Não vejo dessa forma (erro), eles exploraram a transição mais do que construir naquele setor (lado esquerdo), um setor com a saída forte do lateral. Não vejo que a entrada do Paulinho no lugar do Renato tenha fragilizado esse lado defensivo. A gente teve dificuldade de imposição, de dar velocidade, a nossa criação não produziu ofensivamente. O jogo do Paulinho, ele participou, são características diferentes. Ele entregou, fez o gol, era o que nós esperávamos”.
Fagner
“Primeiro, é difícil essa questão do pênalti, individualiza demais. O nosso jogo coletivo não foi bom o suficiente, foi o principal de hoje. A sequência de cobranças foi se estendendo, vejo como uma questão do atleta positiva de se colocar à disposição, de personalidade, de vir assumir o papel. Claro que a perda, a gente sabe disso, mas vai seguindo para um cenário… Ele fez um grande jogo, participou ofensivamente e dentro do que a gente conseguiu produzir no jogo. Teve uma participação importante no jogo”.
Defesa
“O sistema defensivo sofreu, sofremos mais no começo, conseguimos ajustar uma parte ofensiva mais rápido. A gente tem evoluído. No jogo de hoje não tivemos grandes finalizações contra, mas é uma parte a ser melhorada dentro do sistema de jogo, da forma que a gente tem construído o time. A parte defensiva tem tido uma evolução, mas a consistência leva tempo. É repetição. Tem que melhorar mais”.
Peso da eliminação
“É isso que a gente iniciou e vamos refletir e discutir internamente, continuar trabalhando, esse crescimento tem que continuar tendo. Temos evoluído na parte defensiva, nas bolas paradas, ofensivamente. Tirar lições, de hoje, principalmente, de um comportamento geral que quer buscar, tem potencial, essa é a nossa busca de evolução, dos aspectos táticos e coletivos, e desse comportamento nosso”.
Chrystian Barletta
“Não foi um pedido meu, foi a avaliação de um atleta que vinha fazendo uma boa competição. Buscamos mais informações e se desenhou nesse sentido. Alguns pontos que entendemos que tem margem de crescimento dentro do elenco. É um atleta jovem, um perfil que cabia, e foi nessa linha que seguimos nas conversas”.
Conversa com o elenco
“A conversa foi para ver o que faltou neste momento, foi rápida, por qual motivo não atingimos o nosso objetivo. Agora é direcionar a sequência do trabalho, quais pontos temos que evoluir. É o primeiro direcionamento que cabe, na minha opinião. Amanhã estaremos no CT para visualizar essa sequência que não pretendíamos agora”.
