Mesmo assim, Coelho faz questão de ressaltar que tem total autonomia no Corinthians nesse momento. A cada entrevista, a cada questão sobre o assunto, o interino é categórico, firme e direto nas respostas.
Coelho quer deixar bem claro que a campanha do Corinthians nessa reta final é apenas fruto do seu trabalho, sem qualquer participação de Tiago Nunes. Desassociar o próximo treinador do que tem sido feito agora é importante, na visão de Coelho.
Nada é por acaso
E não por acaso Coelho tem adotado tal postura. Apesar da confirmação de que vai regressar à base corintiana logo após o encerramento do Campeonato Brasileiro, agendado para domingo, contra o Fluminense, na Arena Corinthians, o técnico tem o objetivo profissional de voltar ao time principal do clube para assumir efetivamente a equipe.
Deixar uma boa impressão hoje pode ser fundamental para Coelho ser lembrado futuramente, ainda mais se as boas companhas com o time Sub-20 se mantiverem.
A plano é ter paciência e contar com o histórico positivo, mesmo que tenha sido por um curto período. Assim como Fábio Carille teve sua chance em 2017, Coelho também sonha com uma oportunidade, e para que nada atrapalhe, o ex-lateral cuida de deixar Tiago Nunes vinculado apenas às notícias referentes a 2020.
Bem avaliado
Dyego Coelho foi o escolhido pela diretoria do Corinthians para assumir o time em meio a crise deixada por Fábio Carille. Rapidamente, o interino conquistou grupo e dirigentes com uma filosofia de trabalho totalmente distinta de seu antecessor.
Em campo, o Corinthians abandonou a cautela excessiva e se tornou um time mais ofensivo, de mais posse de bola, como jogadores, torcedores e jornalistas tanto pediam.
Fora das quatro linhas, Coelho ganhou a confiança do elenco com elogios públicos e abertura para diálogos durante a preparação para os jogos. A boa relação com a imprensa também foi um fator que diferenciou Coelho de Carille desde o início da transição.
Mais que isso, Dyego Coelho atingiu sua principal missão: garantir o Corinthians na Libertadores de 2020. Obviamente o foco era a vaga direta à fase de grupos, mas evitar o fracasso de não ir ao torneio pelo segundo ano seguido já foi suficiente para elevar o moral do treinador.