Com a terceira melhor defesa da Série A do Campeonato Brasileiro, com somente quatro gols sofridos (atrás de São Paulo (três) e Palmeiras (um)), o clube de Itaquera alcançou a tão desejada solidez defensiva pedida por Carille.
Nos últimos três jogos, o Corinthians não sofreu nenhum gol - Cássio não teve que buscar a bola no fundo das redes contra o São Paulo, Deportivo Lara e Athletico-PR. Olhando ainda para partidas anteriores, os números permanecem ótimos.
Desde a partida contra o Bahia, pela primeira partida do Brasileirão - quando o "cansaço bateu", de acordo com Carille, e o Corinthians sofreu três gols -, o Timão só levou dois tentos nos últimos sete embates. Nos últimos cinco, o número cai para somente um gol sofrido.
Contra o Flamengo, na Arena de Itaquera, a equipe paulista levou gol de Willian Arão e perdeu a partida de ida das oitavas de final da Copa do Brasil por 1 a 0. O outro gol sofrido foi diante do Vasco, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro: placar de 1 a 1.
"Ali atrás eu já estou satisfeito há um bom tempo. (...) O próximo passo mesmo é a fase de construção, e isso é mais demorado. Destruir é mais fácil do que construir", contou Fábio Carille.
Nem sempre foi assim
Tudo isso acontece após a dupla de zaga do Timão ser muito contestada pela torcida no início do ano. Além dos 11 gols sofridos pelo sistema defensivo nos primeiros 10 jogos da temporada corintiana, os desentrosados Manoel e Henrique não começaram a temporada com boas atuações.
Manoel teve que superar os boatos de que havia pedido ‘auxílio-moradia’ à diretoria corintiana, antes mesmo da oficialização de sua chegada, além da falta de ritmo por causa do tempo parado para tratar uma catapora. Tais fatores lhe renderam muitas críticas em campo.
Henrique, por sua vez, começou a temporada como sendo o único zagueiro a ter titularidade garantida, mas lidou com erros individuais - na partida contra o Avenida, por exemplo, o defensor errou no desvio de bola para Manoel e permitiu o segundo tento dos gaúchos naquele embate.