Tite aponta dúvidas para justificar mistério na escalação da Seleção
Por Redação
15/10/2018 às 16:02 • Atualizado: 15/10/2018 às 18:05
São Paulo, SP
"Eu não me sinto muito confortável, porque não é a minha praia, mas em algumas circunstâncias, é importante. Não quero, se não tenho os atletas definidos, dar ao adversário a oportunidade de conhecer a escalação, até neste momento em que não temos esquema definido", afirmou o comandante.
De qualquer maneira, o treinador pode realizar até seis mudanças para o clássico. Alisson, Danilo, Miranda, Filipe Luis, Arthur e Roberto Firmino devem ganhar vaga na equipe titular nos lugares de Ederson, Fabinho, Pablo, Alex Sandro, Fred e Gabriel Jesus. Já Marquinhos, Casemiro, Renato Augusto, Philippe Coutinho e Neymar seguem entre os onze iniciais, formando a espinha dorsal.
Quando perguntado sobre a ausência de Messi, que pediu dispensa da convocação de Lionel Scaloni, treinador interino da Albiceleste, o técnico da Seleção exaltou a qualidade do astro do Barcelona, dizendo que preferia sua presença na partida. "Sempre (prefiro o Messi em campo). A gente rivaliza com Argentina e a Alemanha, porque eles também têm grande qualidade. Gostaríamos que fosse com (Messi), mas a ausência dele não vai tirar o brilho do jogo", analisou.
Nas três partidas após a Copa do Mundo, diante de El Salvador, Estados Unidos e Arábia Saudita, Tite fez mudanças em todos os setores a cada jogo, promovendo oportunidades para nomes como Fred, Fabinho, Richarlison e Arthur se firmarem. O treinador explicou a importância dessa fase de testes na Seleção Brasileira.
"O aprendizado é teórico, mas essencialmente prático. Tive várias ideias ao longo da carreira, que a prática me mostrou ser diferente. As oportunidades são dadas aos atletas, porque o momento permite. Os jogadores já sabem como vão jogar. As mudanças são fruto da experiência", declarou.
Por fim, o comandante verde e amarelo comentou o momento do time nacional em meio a recente eliminação no Mundial e as chances promovidas a novos atletas.
"Os jogadores vêm com uma realidade de pressão, e nós precisamos dosar essa realidade. Quando eu falei que a equipe precisa convencer para vencer, isso é uma ideia, que pode não acontecer, mas precisa existir. São duas fases parecidas (nos primeiros jogos após a Copa e os próximos), de oportunidades para os atletas", disse.
Sem mais treinamentos, o Brasil encara a Argentina, no estádio The King Abdullah Sports City, em Jidá, às 15 horas (de Brasília) desta terça-feira. Após essa partida, os comandados de Tite só voltam aos gramados no dia 16 de novembro, quando enfrentam o Uruguai, em Londres.