No jogo dos "parças", Neymar supera Messi pela primeira vez - Gazeta Esportiva
No jogo dos "parças", Neymar supera Messi pela primeira vez

No jogo dos "parças", Neymar supera Messi pela primeira vez

Gazeta Esportiva

Por Do correspondente Marcellus Madureira

11/11/2016 às 01:23 • Atualizado: 18/12/2016 às 15:52

Belo Horizonte, MG

Eles comemoram juntos os gols pelo Barcelona. Um ao lado do outro, já aterrorizaram zagueiros de equipes no futebol europeu - às vezes no Mundial. Nesta quinta-feira, no Mineirão, no entanto, eles ficaram em lados opostos, no duelo entre Brasil e Argentina.

Não foi a primeira vez que eles se encontraram em lados diferentes. Em outras quatro oportunidades Messi e Neymar já se cruzaram em campo, com superioridade do argentino - venceu três e perdeu uma. Além disso, no confronto entre os craques, o brasileiro não tinha balançado as redes ainda, já o 10 Hermano fez seis gols.

O palco de uma das maiores tragédias do futebol brasileiro, porém, tratou de colocar fim a tudo isso. Há pouco mais de dois anos, o Brasil sofreu a goleada histórica, 7 a 1 para a Alemanha. Na época, Neymar não estava em campo. Nesta quinta, porém, o craque brasileiro fez de tudo: "barba, cabelo e bigode", chegando inclusive a 50 gols com a camisa da Seleção Brasileira. Ou, levando a história para Minas, Ney tomou "café, comeu pão de queijo e ainda contou um causo".

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução


E a história contada pelo brasileiro não teve grandes momentos de terror. Na verdade, mais parecia uma comédia romântica, ou aqueles filmes quando o herói apanha, mas depois ressurge. Logo nos primeiros minutos eles já se cruzaram em campo. Mas foi apenas para um cumprimento de compadres. Uma abraço no protocolo inicial e outro antes do começo da partida, mas aí cada um no seu lado.

Quando o relógio do árbitro apontava 2 minutos,  Messi resolveu mostrar para a torcida brasileira toda a sua habilidade. Com a canhotinha, deu um chapéu em Fernandinho e precisou ser parado com falta. Aos 5, pela primeira vez eles se cruzaram em campo. Neymar recebeu uma bola na ponta esquerda, driblou Pérez e partiu para o ataque. E foi justamente o camisa 10 da argentina que chegou para o combate, levando também o drible. A sequência do lance a bola se perdeu na linha de fundo.

A partir dos 10 minutos, Neymar passou a aparecer mais na partida. Parte por causa de ter que buscar a redonda em seu campo de defesa, outra por falta de eficiência do ataque argentino. Aos 16 minutos, o amigo brasileiro viu o companheiro argentino ir à loucura. Tudo por causa de uma jogada no meio, quando Messi carregava a bola em direção ao gol, e foi parado com falta de Fernandinho.

Amigos, amigos, negócios à parte: aos 22 foi a vez de Neymar marcar o colega de Barcelona. O brasileiro, porém, não facilitou e entrou firme, fazendo a falta. Aos 24, Messi coçou a cabeça. Isso porque Neymar recebeu bola na esquerda, mas com um passe só deixou Philippe Coutinho em boa condição para abrir o placar, com um belo gol, no ângulo.

Aos 32, talvez a melhor chance de Messi no primeiro tempo. Ele sofreu uma falta na entrada da área e foi para cobrança, mas mandou no próprio Neymar e viu sua chance frustrada pelo companheiro. No contra-ataque, o camisa 10 brasileiro quase ampliou o marcador. Na marca dos 45, foi a vez de Neymar abrir o sorriso. Ele recebeu passe de Gabriel Jesus, na cara do gol, levantou a cabeça, com tranquilidade, afundou as redes de Romero e fez 2 a 0.




A volta do segundo tempo mostrava Neymar melhor que Messi em campo. O argentino tinha pouca intensidade, boa parte por causa da partida ruim dos companheiros e o sistema de jogo que não ajudava o camisa 10, com a falta de aproximação das linhas defensivas com os homens de frente. Aos 13, Neymar correu novamente para a linha de fundo. Mas não foi com a bola e sim com os punhos cerrados, comemorando o gol de Paulinho, que marcou o terceiro gol brasileiro.

Minutos depois, Neymar recebeu a bola na cara do gol e se não fosse Otamendi, seria o segundo dele no clássico. O jogo caminhou para o fim e os craques não se cruzaram mais em campo, inclusive, com o apito final do árbitro, com Messi deixando o gramado rápido, irritado com mais um resultado contrário, enquanto o brasileiro comemorava com seu torcedor a bela vitória por 3 a 0 e o fim de seu jejum particular.

Conteúdo Patrocinado