Petraglia foi indiciado após publicar, em sua conta do Twitter, críticas duras à conjuntura da arbitragem nacional, indicando um possível favorecimento às equipes paulistas. O desabafo aconteceu após o empate sem gols com o Santos, em jogo válido pela última rodada do primeiro turno. Em razão das declarações polêmicas, Petraglia correu risco de pegar gancho de 15 a 180 dias, mas foi absolvido por unanimidade.
O subprocurador do caso admitiu que a conduta do presidente foi inadequada, mas não identificou outras razões para enquadra-lo dentro da punição. “O mesmo utiliza sempre a rede social expondo o que pensa das competições e leitura extracampo. É inegável que ele acabou extrapolando, principalmente por ser inteligente e ter uma formação jurídica. Foram alguns comportamentos inadequados insinuando um complô da arbitragem”, declarou Alessandro Kishino ao site oficial do STJD.
Responsável pela defesa do clube paranaense, o advogado Domingos Moro também intercedeu em favor de Petraglia, a quem atribuiu a façanha de ‘orgulhar o futebol’. “Temos que ter um meio termo. Não há ofensas, nada que humilhe alguém, é apenas uma opinião. A defesa do Atlético-PR vem pedir a advertência ao atleta Alan Ruschel e a absolvição de Mário Celso Petraglia”, declarou Moro em meio ao tribunal.
O lateral esquerdo Alan, que corria risco de suspensão de uma a seis partidas por protestar de forma acintosa contra a decisão da arbitragem, mesmo estando no departamento médico, também foi absolvido. Como argumento para a revolta de Alan, que foi autuado por ter desferido socos no gramado, segundo a súmula, o advogado do Furacão relatou que o jogador já sofreu uma grave lesão em um torneio sul-americano.
“Esse jogador sofreu uma lesão séria na Sul-Americana e não joga mais neste ano. Mesmo assim o clube veio e fez questão de defender. Me pareceu muito mais uma indignação do atleta em socar o chão do que um desrespeito. No entender do árbitro a expulsão era necessária e o atleta não merece outra punição pelo ato”, argumentou Domingos Moro.
