Destaques brasileiros da São Silvestre têm 21 anos e se conhecem desde a adolescência - Gazeta Esportiva
Destaques brasileiros da São Silvestre têm 21 anos e se conhecem desde a adolescência

Destaques brasileiros da São Silvestre têm 21 anos e se conhecem desde a adolescência

Gazeta Esportiva

Por Gabriel Ambrós

01/01/2020 às 08:00

São Paulo, SP

Daniel Ferreira do Nascimento e Graziele Zarri têm muitas coisas em comum. Os dois corredores são do interior de São Paulo, têm 21 anos e terminaram a 95ª Corrida Internacional de São Silvestre na 11ª colocação, o melhor resultado entre os brasileiros na edição da última terça-feira.

Natural de Bragança Paulista, Daniel conheceu Graziele, nascido em Sorocaba e criada em Cândido Mota, ainda adolescente. "Já nos conhecemos faz tempo, de seleções", contaram em entrevista coletiva. "Nos encontramos em várias provas, a primeira foi uma corrida de rua em 2013. E de lá para cá, a gente sempre acaba se vendo", completaram.

(Foto: Gabriel Ambrós/Gazeta Esportiva)


Os novos nomes do atletismo brasileiro tiveram trajetórias diferentes, mas chegaram juntos à elite da mais tradicional prova de rua do país. Daniel tentou primeiro a sorte em outro esporte, o futebol. O corredor era lateral e, em 2012, recebeu uma recomendação de seu treinador para seguir no atletismo.

O conselho deu certo e o paulista passou a treinar em Bauru, participou da São Silvestre pela primeira vez em 2018 e conseguiu a melhor colocação entre os brasileiros em 2019.




Graziele, que começou a correr aos cinco anos, quase desistiu da carreira profissional; passou por karatê, dança, até tentar a sorte na capital paulista, aos 18 anos. A jovem chegou por tempo indeterminado, acabou cortando e cuidando do cabelo de vizinhas para se manter na cidade, até entrar na equipe do Pinheiros.

"É muita superação, porque no interior não tem muito recurso, não tem tanta estrutura, e tive que vim com 18 anos para São Paulo. Aqui a gente encontra um suporte melhor, tem mais condição de competir", complementou a jovem.



Para o futuro, os paulistas têm os mesmos objetivos. Além de tentar terminar com o domínio de atletas africanos na São Silvestre, a dupla também foca nos Jogos Olímpicos de Paris 2024.

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