Embalado, campeão de Nova York mira triunfo inédito na São Silvestre
Por José Victor Ligero* e Bruno Ceccon
29/12/2015 às 17:45 • Atualizado: 29/12/2015 às 19:03
São Paulo, SP
Apesar de nunca ter vencido a Corrida Internacional de São Silvestre, o queniano Stanley Biwott chega a São Paulo como o atleta a ser batido na 91ª edição da prova, marcada para esta quinta-feira, dia 31, encerrando o calendário esportivo brasileiro. Isso porque ele vem de vitória na Maratona de Nova York, realizada em novembro e considerada uma das mais importantes do calendário mundial, com o tempo de 2h10min34.
Em entrevista coletiva realizada na tarde desta terça-feira, em um hotel da zona sul de São Paulo, o fundista de 29 anos revelou que o Brasil teve um papel importante em sua vida, já que foi o País onde o queniano obteve suas primeiras conquistas.
Em solo tupiniquim, Biwott é dono de expressivos resultados: alcançou um sexto lugar na Volta da Pampulha, em Belo Horizonte (MG), em 2009, enquanto que, no ano seguinte, cruzou a linha de chegada em primeiro na Maratona Internacional de São Paulo, percorrendo o trajeto em 2h11min21.
Agora, o queniano mira o triunfo na corrida de rua mais tradicional da América Latina. “Eu acho que voltar ao Brasil é uma grande alegria para mim, porque foi onde comecei a competir, em 2009. Então, eu fico muito feliz por estar voltando a correr aqui e quero vencer esta prova pela primeira vez”, declarou Stanley, ressaltando a importância de ter vencido em Nova York para que desembarcasse confiante na capital paulista.
“Foi muito importante para mim, porque a Maratona de Nova York é uma das principais do mundo. Vencer me colocou em uma nova categoria, agora sou um grande corredor. A São Silvestre também pode ser muito importante para mim”, explicou o queniano, que usará a corrida paulista como treinamento para os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.
"A São Silvestre tem um percurso muito duro. Não é como qualquer outra prova. A São Silvestre é uma parte do meu treinamento para chegar às Olimpíadas. É uma grande corrida. Tenho ainda de trabalhar minha velocidade, então isso me ajuda no caminho para o Rio", analisou Biwott, elogiando também os atletas locais. “Os brasileiros são muito fortes, como o (Giovani) Dos Santos e a Sueli Pereira, então os corredores daqui também são favoritos a vencer a corrida”, argumentou.
Com largada na altura da rua Frei Caneca e chegada em frente ao prédio da Fundação Cásper Líbero, na Avenida Paulista, a Corrida Internacional de São Silvestre será realizada no dia 31 de dezembro, com o pelotão geral partindo às 9 horas (de Brasília), 20 minutos depois da elite feminina. Os etíopes Dawit Admasu e Ymer Ayalew, atuais campeões, estão confirmados.
*Especial para Gazeta Esportiva