Henrique Rodrigues vê com otimismo futuro da natação brasileira
Por Lucas Toso*
18/04/2017 às 14:06
São Paulo, SP
“Acredito que, como um dos mais experientes aqui, tenho muito a oferecer para o Sesi. Posso passar essa experiência para a garotada toda que vem nas categorias de base e também buscar meus melhores resultados”, afirmou o nadador à Gazeta Esportiva durante seu evento de apresentação na manhã desta terça-feira, realizado na Fiesp, em São Paulo.
Ex-atleta do Pinheiros, tendo treinado com o técnico Fernando Vanzella indiretamente nos últimos dez anos, em 2007 e 2012, Henrique agora nadará ao lado de nomes como Etiene Medeiros e Daynara de Paula, além de Raphael Rodrigues, outro nome de experiência que também foi apresentado nesta terça-feira.
Na primeira semana de abril, através da Operação Águas Claras, a Polícia Federal em parceria com o Ministério prendeu Coaracy Nunes, então presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), além de outros dirigentes da entidade, por desvio de cerca de R$ 40 milhões por leis de incentivo ao esporte e convênios.
“Você nunca espera que uma coisa dessa magnitude aconteça. Mas se aconteceu mesmo dessa maneira que está sendo relatado, então a gente espera que a justiça seja feita, porque atinge a nós diretamente. Atinge todo nosso patrocínio, nosso esquema de treinamento, nosso calendário dos esportes aquáticos”, colocou o paranaense sobre o escândalo.
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Henrique, contudo, vê um aumento na competitividade da natação brasileira após esse período de crise. “A gente vai sofrer com o patrocínio, a verba vai ser menor. Hoje temos oito vagas para o Mundial, então a competitividade vai estar muito alta, porque eu quero estar, assim como vários atletas querem estar nesse mundial”, analisou.
“Para 2020, acredito que a gente deve ter um grande resultado e 2024 com vamos estar pegando todo o respaldo desse treinamento, desse trabalho que vai ser feito até lá”, completou Henrique.
Na carreira, o nadador do Sesi é bicampeão pan-americano dos 200 metros medley (Guadalajara 2011 e Toronto 2015) e tem outros dois ouros, um nos 4x100 metros livre (Guadalajara) e outro nos 4x200 livre (Toronto).
*Especial para a Gazeta Esportiva