Nem tudo foi alegria na noite deste sábado para a Seleção Brasileira feminina de futebol. Apesar da goleada por 5 a 1 sobre a Suécia e a classificação antecipada à próxima fase dos Jogos Olímpicos do Rio, a lesão de Cristiane deixou todos muito preocupados na comissão técnica do Brasil. A centroavante sentiu uma fisgada no músculo posterior da coxa quando tentou dar um pique no segundo tempo, caiu no gramado e precisou ser carregada pelos médicos no momento de sua substituição.
“Lesão posterior na coxa geralmente é lesão muscular. A gente tem de esperar de 24h a 48h para saber se é uma lesão grave. Obviamente preocupa. Temos artifícios para um exame complementar para saber se é uma lesão grave ou não”, explicou o médico da seleção, Nemi Sabeh Júnior, ao Sportv.
Cristiane marcou o segundo gol do Brasil neste sábado em um lindo toque de letra e sofreu o pênalti convertido por Marta, tudo ainda no primeiro tempo. Cristiane é a maior artilheira da história das Olimpíadas com impressionantes 14 gols em 18 jogos.
“A gente espera que não tenha sido nada de grave, porque a Cristiane é a nossa principal jogadora ali na frente, junto comigo, e eu espero que não tenha sido nada de grave”, torceu a atacante Beatriz, companheira de Cristiane no setor ofensivo, e que marcou dois dos cinco gols na goleada em cima da Suécia.
Com a classificação garantida, é praticamente certo que o técnico Vadão não utilize a centroavante na última rodada da primeira fase, nesta terça, às 22 horas (horário de Brasília), na Arena de Manaus. O adversário será a seleção da África do Sul, já eliminada depois de duas derrotas.
“O mais provável é poupar ela, até para a gente observar e saber qual é o tipo da lesão. Com o exame complementar a gente pode adiantar o diagnóstico”, avisou o doutor Nemi, que aproveitou para explicar a substituição da veterana Formiga logo no início do segundo tempo.
“Nós queremos a Formiga na final. Ela é uma atleta que corre muito, umas das que percorre mais distâncias no campo. A gente tenta segurar um pouco para ela chegar até o final com toda a capacidade que ela tem para ajudar a equipe”, conclui o médico, lembrando que a volante já tem 38 anos.
