O Comitê Olímpico Internacional (COI) aplicou punições a três boxeadores que disputaram os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro e apostaram em lutas da modalidade. Os irlandeses Michael Conlan (até 56kg) e Steven Donnelly (até 69kg) e o britânico Anthony Fowler (até 75kg) foram "repreendidos severamente" pela conduta antidesportiva.
A pena foi aplicada após o COI entender que não houve o objetivo de manipular resultados no Rio 2016. As normas da organização impedem atletas de apostarem nos torneios que disputam e nos esportes que praticam. Esportistas também são proibidos de apostarem nos grandes eventos que participam.
Além da reprimenda, os boxeadores terão de passar por um curso educativo antes da disputa das Olimpíadas de Tóquio 2020. Os comitês britânico e irlandês também foram punidos por não terem instruído os esportistas sobre o veto às apostas nos Jogos.
Segundo a rede britânica Sky Sports, Michael Conlan se explicou dizendo que "não havia muito o que fazer na Vila Olímpica". Ele disse que estava "entediado" e que assinou os documentos da aposta sem ler. Após a punição, ele garantiu que usará a sua própria experiência para educar outros boxeadores.
Conlan já havia chamado a atenção durante as Olimpíadas por motivos controversos. Ele não aceitou uma derrota para o russo Vladimir Nikitin, nas quartas de final, e mostrou os dois dedos médios aos juízes. Após a luta, o atleta sugeriu numa rede social que o presidente russo, Vladimir Putin, havia atuado para manipular o resultado.
