Geraldo Alckmin está confiante em relação ao combate ao terrorismo nos Jogos Olímpicos realizados no Brasil. Na manhã desta quarta-feira, o governador de São Paulo participou do 6º Fórum Nacional do Esporte, realizado na capital paulista, e demonstrou o orgulho habitual ao falar da Polícia Militar (PM) do seu Estado.
“Fizemos um plano de contingência”, afirmou Alckmin, diversas vezes. “Isso vai desde segurança, medicina, descontaminação, com Corpo de Bombeiros, especialistas... Mas concordo com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, que diz que é mais preocupante a questão da segurança local do que o terrorismo. Mais além da questão externa, o foco tem que estar na questão interna”, acrescentou. Alexandre de Moraes foi o secretário de estadual de Segurança Pública de 2014 até 2016, quando recebeu o convite do presidente em exercício Michel Temer para assumir a pasta da Justiça no governo federal.
São Paulo sediará partidas dos torneios masculino e feminino de futebol nas Olimpíadas – no estádio do Corinthians, em Itaquera –, além de receber diversas delegações durante o período de aclimatação para os Jogos. Nem mesmo a presença de atletas da França, país alvo de ataques terroristas, no Estado, no entanto, mudou o semblante calmo de Geraldo Alckmin. “Isso está dentro do plano de contingência”, tranquilizou.
O governador não soube informar se São Paulo receberá também policiais franceses, mas ressaltou que o “plano de contingência” prevê cooperação internacional. E chegou até a recorrer à diversidade brasileira como um alento diante do terrorismo.
“Nesse trabalho, estamos 24 horas por dia lutando. As medidas estão sendo tomadas. Na Copa do Mundo, já funcionou muito bem. O terrorismo é um fato novo, é verdade. Mas o Brasil é um país de paz, multirracional, onde todos convivem bem, com diferentes religiões. Temos uma característica diferente”, sorriu, antes de ouvir que confiar em tal discurso poderia ser insuficiente. “Por isso, foi feito todo o plano de contingência”, repetiu mais uma vez, triunfante.
Por enquanto, o plano de contingência contra atos terroristas praticamente só foi testado por alarmes falsos. “Dia desses, em Piracicaba, foi uma confusão danada com uma tal caixa, que acharam que era bomba”, citou Alckmin. Na ocasião, o Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais da PM) desarmou, na verdade, um pacote com um despacho de macumba deixado em frente a uma agência bancária. “Infelizmente, existem muitos alarmes falsos, mas não podemos duvidar. Temos que trabalhar como se fossem situações reais. A Polícia está preparada para isso.”
O plano paulista não ficará limitado às suas fronteiras, de acordo com Geraldo Alckmin. O governo previu o envio de cerca de 1.000 policiais militares para o Rio de Janeiro durante as Olimpíadas. “Será uma ajuda ao governo federal, ao nosso Estado irmão. E não haverá prejuízo para São Paulo com isso porque compensaremos com outros 1.000 policiais nas ruas, pagando diárias de jornadas extras. Depois, teremos como legado equipamentos, como computadores, armamentos, coletes à prova de bala e veículos”, concluiu o governador.
