Zé Roberto deve deixar a Seleção após Tóquio 2020, mas prevê bom futuro
Por Lorenzo Meyer*
23/07/2019 às 13:30
São Paulo, SP
Uma era na Seleção Brasileira feminina de vôlei pode acabar no próximo ano. Desde 2003 no comando da equipe, José Roberto Guimarães conquistou o enecampeonato do Grand Prix, o octa do Sul-Americano, o tetra de Montreaux e dois ouros olímpicos (Pequim 2008 e Londres 2012), além de inúmeros outros títulos, mas deve deixar o cargo após os Jogos de Tóquio, em 2020.
Após a coletiva de apresentação da parceria entre Barueri e São Paulo, da qual será o treinador, Zé Roberto revelou que pretende deixar a Seleção Brasileira após o término da próxima edição das Olimpíadas. Quando questionado sobre o assunto, o multicampeão preferiu não se alongar: “Acredito que sim”, disse.
Apesar da Seleção Brasileira ter terminado o Mundial sub-20 na sexta colocação, sem avançar para as semifinais, Zé Roberto crê que o Brasil terá uma safra boa para os ciclos olímpicos de 2024 e 2028 e se manterá entre as potências da modalidade.
“Mesmo com a derrota para a China no Mundial-20 (na última partida da primeira fase), eu vejo uma geração talentosa. Nós jogamos esse sub-20 com três jogadoras do sub-18. Ana Cristina foi titular da equipe sub-20 com 15 anos. É um investimento, um processo de melhora, de aprendizado, de amadurecimento”, disse.
“Estamos no caminho certo, várias jogadoras com 1,90m. Isso é um feedback bom. São jogadoras talentosas, mas que precisam jogar, treinar e participar. Vão perder, vão ganhar, mas tem uma estrutura física e estão partindo para uma qualidade técnica diferente. Não vou estar mais, mas eu vislumbro o Brasil em 2024 e 2028 com um legado para chegar entre as melhores do mundo”, completou.
*Especial para a Gazeta Esportiva