Aos 33 anos de idade, Rogério Dutra Silva se tornará, na próxima segunda-feira, o número 1 do ranking brasileiro, ultrapassando Thomaz Bellucci. Durante entrevista para a Gazeta Esportiva, Gustavo Kuerten destacou que o tênis brasileiro ainda depende de fatos isolados e exaltou a persistência de Rogerinho por ter continuado a jogar apesar de nunca ter conseguido resultados expressivos.
“Eu acho que o tênis brasileiro ainda é refém de fatos isolados. É um momento que eu diria específico do tênis com Rogerinho como o número 1 do Brasil. Primeiro o mérito absurdo dele, e, em segundo, o tênis vive uma longevidade muito diferente da época em que eu jogava. Os jogadores jogam melhor com trinta e poucos anos do que com 25, 28 anos. Ele está possivelmente no auge”, afirmou Guga sobre o tenista paulista, quem ele diz ser “fã incondicional”.
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“O Rogerinho traz esse exemplo de que é fundamental persistir. O que mais assusta foi ele ter continuado quando jogando quando estava entre os 24 e 26 anos e no ranking mais periférico, como 150, 200 do mundo. Mas ele continuou buscando algo mais até encontrar seu grande momento na vida. Então, para a criançada, é um belo de um ensinamento, principalmente para os que desistem na faixa dos 20 anos. Joga até os 35 e depois analisa”, completou o tricampeão de Roland Garros
Gustavo Kuerten também falou sobre Thomaz Bellucci. “Se olhar nos últimos cinco anos, nós víamos o Bellucci que oscila bastante, mas que constantemente ainda é o jogador mais consistente do tênis brasileiro. Temos três ou quatro jogadores (bons), mas se tratando de Brasil podemos pensar em uma forma mais grandiosa e tentar colocar mais gente (entre os melhores)”.
*Especial para a Gazeta Esportiva
