Após protestos, Prefeitura do Rio rompe com consórcio do Centro de Tênis - Gazeta Esportiva
Após protestos, Prefeitura do Rio rompe com consórcio do Centro de Tênis

Após protestos, Prefeitura do Rio rompe com consórcio do Centro de Tênis

Gazeta Esportiva

Por Redação

14/01/2016 às 18:52

São Paulo, SP

56
Consórcio responsável pelas obras do Centro de Tênis (foto), estaria pressionando Prefeitura por maior prazo e verba (Foto: Renato Sette/Prefeitura)


Uma semana depois de um protesto de cerca de 356 funcionários responsáveis pela construção do Centro de Tênis para os Jogos Olímpicos de 2016, nesta quinta-feira, a Prefeitura do Rio de Janeiro rompeu contrato com o consórcio Ibeg/Tangran/Damiani (ITD), encarregado das obras da estrutura.

Os trabalhadores reivindicavam a verba referente à rescisão de seus contratos, o pagamento do último salário e do prêmio por assiduidade. Além disso, a empresa não estaria cumprindo prazos e acordos selados no contrato com a Prefeitura. Além do rompimento, a ITD terá de pagar multa de R$ 11 milhões aos cofres públicos.

Segundo o prefeito Eduardo Paes, tudo não passou de uma “tática” do consórcio para tentar forçar o Estado a aumentar o orçamento da obra e estender seu prazo de conclusão.

“A Secretaria de Obras caracterizou como abandono de obra o não pagamento das rescisões contratuais. Deixo muito claro que nas Olimpíadas ninguém vai fazer ‘pressãozinha’ de quinta categoria para nos obrigar a aumentar valor e esticar o prazo. Quem fizer graça, vai ser afastado de acordo com as normas legais. Esse tipo de joguinho não vai ter nas Olimpíadas”, falou Paes.

Em nota oficial emitida à imprensa, o consórcio ITD se disse “perplexo” com a atitude tomada pela Prefeitura do Rio. Além disso, a empresa alega falta de “explicação oficial” ou “justificativa formal” para tal medida.

“O consórcio formado pelas empresas Ibeg, Tangran e Damiani manifesta sua absoluta perplexidade pelo rompimento unilateral do contrato que tem com a Prefeitura do Rio de Janeiro para a construção do Complexo Olímpico de Tênis Barra, sem qualquer explicação oficial ou justificativa formal. O Consórcio ITD repudia a atitude do rompimento do contrato e anuncia a busca da reparação na justiça pelos prejuízos financeiros causados às empresas, bem como às suas imagens junto ao público”, diz a nota.

O Centro Olímpico de Tênis, na Barra da Tijuca, já recebeu o evento-teste das Olimpíadas em dezembro, porém, as obras ainda estão 90% concluídas. O projeto, que possui 16 quadras, custou cerca de R$ 201 milhões aos cofres do Governo Federal e da Caixa Econômica Federal. A Prefeitura do Rio não se manifestou sobre o futuro das obras.

 

Conteúdo Patrocinado