Eduardo Paes apresenta legado do Rio 2016 a um mês dos Jogos
Por Redação
05/07/2016 às 12:34
São Paulo, SP
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, apresentou nesta terça-feira os legados dos Jogos Olímpicos, que acontecerão na cidade em agosto. Faltando apenas um mês para a Cerimônia de Abertura do Rio 2016, Paes concedeu entrevista depois de relatar todos os benefícios e as principais intenções dos órgãos públicos com as instalações ao fim do maior evento esportivo do mundo.
Em meio a diversas polêmicas envolvendo as obras, entre elas atrasos e a queda de parte da ciclovia à margem da Avenida Niemeyer, que liga a zona sul à zona oeste do Rio de Janeiro, Eduardo Paes sinalizou que a maior parte das arenas terão um cunho social após o término dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Outros locais como o Velódromo e o Centro Aquático Maria Lenk servirão como centros de alto rendimento do esporte.
“É uma oportunidade fantástica para a cidade. Só não vê quem não quer ver o que foi feito durante esses anos no Rio de Janeiro. Diria que as pessoas vivem um pouco melhor apesar do momento político do país. Nenhuma dessas obras ultrapassou o preço, todas terminaram no prazo, com exceção ao Velódromo. É um milagre que se consiga fazer todos os túneis, que o governo tenha concluído a linha 4 de metrô”, comentou Paes.
Durante a apresentação das obras e reformas de locais que abrigarão competições olímpicas, o destaque ficou por conta do Sambódromo, palco do tiro com arco e da maratona. Eduardo Paes procurou lembrar que as obras na região foram entregues ainda em 2012, quatro anos antes dos Jogos, mas parece não ter priorizado a parte esportiva na hora de planejar a nova estrutura famosa pelos desfiles das Escolas de Samba no carnaval.
“Com todo o respeito, se o Sambódromo vai encher para a Maratona não sei. O importante é que ficou melhor para o samba”, disse.
Era estimado um custo de R$ 6,4 bilhões para a realização dos Jogos Olímpicos no primeiro dossiê elaborado. Neste documento estava previsto um legado envolvendo 17 projetos. Com um total de 55, 29 ficariam por conta do governo federal após o fim do evento. Agora, com tudo praticamente finalizado, o legado irá englobar 27 projetos em um total de 71. Destes, apenas oito ficarão a cargo do governo federal pós-Olimpíadas.
Por fim, Eduardo Paes assegurou que não há nenhum risco com outras obras olímpicas após a tragédia na ciclovia da Avenida Niemeyer. Segundo o prefeito do Rio de Janeiro, todas as construções estão 100% seguras, ressaltando o corte de gastos e luxos considerados desnecessários nos palcos do Rio 2016.
“O que posso dizer é que não há problema em nenhuma das arenas e em todos os projetos quero dizer que eu economizei para caramba. Houveram mudanças para simplificar, diminuir custos”, finalizou, citando como exemplo a exclusão de privadas tecnológicas em uma estrutura que será provisória.