Classificado para disputar os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em agosto, Gideoni Monteiro participou neste sábado da 70ª edição da Prova Ciclística Internacional 9 de Julho, idealizada pelo jornalista Cásper Líbero em homenagem à Revolução Constitucionalista de 1932, em São Paulo. Integrante da equipe Memorial/Santos/Fupes, o cearense de 26 anos terminou em quarto lugar após percorrer os 96,4km do circuito de rua da capital em 2h06min47.
Especialista na categoria omnium - o ciclismo de pista -, Gideoni destacou a importância da 9 de Julho em sua preparação para as Olimpíadas, cuja vaga foi conquistada com o 18º lugar no Mundial da modalidade, realizado neste ano.
"É uma prova muito importante para o ciclismo nacional. É uma prova que eu sempre tenho vontade de fazer, e quando eu soube que estaria no Brasil, conversei com o pessoal da Seleção para poder participar juntamente com a minha preparação (para os Jogos Olímpicos Rio 2016)", declarou o atleta à Gazeta Esportiva.
Após passar três meses treinando na Suíça, o medalhista de bronze dos Jogos Pan-Americanos de Toronto, em 2015, voltou ao Brasil para disputar a 9 de Julho e, na sequência, retomar seu cronograma de trabalhos em Maringá, interior do Paraná. De lá, Monteiro partirá rumo ao Rio de Janeiro para conhecer o Velódromo Olímpico, onde o torneio do ciclismo de pista ocorrerá entre 11 e 16 de agosto.
"Vou para Maringá para retomar a preparação normal e, no dia 21, já estarei entrando na Vila Olímpica para treinar no Velódromo e fazer o reconhecimento.Passei três meses no Centro Mundial. Fico um tempo na Suíça e outro aqui no Brasil. Uma parte da preparação lá e o finalzinho aqui por conta do Velódromo, que eu não conheço ainda", expicou, orgulhoso de ser um dos dois representantes do ciclismo brasileiro no Rio 2016 - Kléber Ramos será o outro.
"Será um momento muito importante para o ciclismo brasileiro. O Brasil passou 24 anos sem ter um representante, então poder ajudar a reconstruir essa história me faz muito feliz. Fora isso, estou me preparando para estar brigando de igual para igual, então quero chegar no Rio e representar o país da melhor maneira possível”, contou, esperançoso pela conquista da primeira medalha nacional na história do maior evento esportivo do mundo.
"Quem sabe? Estou confiante, muito feliz por competir em meu País, estou em boa forma e espero estar entre os melhores. Estou treinando muito para isso", concluiu Gideoni, que superou um atropelamento de um caminhão em 2012.
*Especial para a Gazeta Esportiva
