Invicto contra o Real, Alex rechaça ansiedade no 1° Interclubes da carreira
Por Olga Bagatini, especial para a GE.Net
25/09/2015 às 14:14
São Paulo, SP
"Já joguei Europeu, já joguei Euroliga, já joguei Mundial (de seleções) e já joguei NBA. Era esse o torneio que faltava na minha carreira. Fico feliz por poder jogar o Interclubes por uma equipe brasileira. Independente do resultado final, a gente tem que jogar com consciência e responsabilidade para representar bem o nosso basquete", afirmou o atleta, velho conhecedor do clube merengue.
Na temporada 2007/08, o Maccabi de Alex caiu no mesmo grupo do Real na Euroliga. A formação israelense venceu os dois confrontos com os espanhóis. O placar final na Nokia Arena foi 94 a 75, e o jogo de volta, no Palácio Vistalegre, em Madri, terminou com novo triunfo por 103 a 100 na prorrogação, resultados que deixaram os madrilenos de fora dos playoffs. O time de Tel Aviv chegou à decisão, mas perdeu para o CSKA Moscou por 99 a 71 e ficou com a prata. Para manter a invencibilidade diante do time de Pablo Laso, Alex quer controlar o nervosismo para estar "mentalmente forte" contra o poderoso adversário.
"Em um jogo contra uma equipe renomada como o Real Madrid, a vontade de ganhar é muito maior, mas, às vezes, a ansiedade atrapalha. Você pode acabar precipitando uma bola no ataque, vacilando na defesa, e isso não pode acontecer. Tem que estar mentalmente forte, sabendo o que tem que fazer para poder desempenhar bem", explicou.
Embora invicto, Alex, reconhece que as situações são bem diferentes. Diferente do Maccabi, o Bauru não tem muitos atletas com longa vivência internacional, e o entrosamento da equipe não se compara ao dos madrilenos. Porém, o ala aposta na determinação e na garra dentro de quadra para manter o aproveitamento perfeito.
"Joguei pelo Maccabi e nossa equipe era muito forte, foi vice-campeã europeia,. A gente conseguiu vencer o Real em Israel e na Espanha, mas a situação é diferente. Vamos enfrentar um time com entrosamento de muitos anos, e como eu falei, só de jogar contra um clube com uma camisa dessas, a ansiedade aumenta. Teremos que tirar forças de onde não tem justamente para tentar fazer um bom trabalho", admitiu o ala, rasgando elogios ao oponente.
"É uma das equipes mais completas que eu já vi. Lógico que também tem a parte financeira, que ajuda muito. Os caras tem como buscar em cada seleção de cada país um bom jogador em cada posição. Isso já dificulta bastante. Eles trocaram poucas peças os últimos anos e isso dificulta ainda mais, porque os caras estão tão entrosados que, só de se olharem na quadra, já sabem o que o outro está pensando.Isso complica muito o nosso trabalho", completou.