Técnico que começou na São Silvestrinha prepara pupilos para SS
Por Bruno Ceccon
19/12/2014 às 10:00 • Atualizado: 17/11/2015 às 18:07
São Paulo, SP
Ao lado do irmão mais novo, ele costumava ver o pai treinar e, com apenas oito anos, disputou a São Silvestrinha pela primeira vez, em 1996. Os dois garotos tomaram gosto pelo esporte e participaram da versão infanto-juvenil da prova até a idade limite – hoje, ambos são atletas.
"Quando disputei a São Silvestrinha pela primeira vez, ganhei a minha bateria. Foi muito legal. Essa prova acabou sendo muito importante na minha trajetória, porque foi a primeira, na qual eu e meu irmão realmente pegamos gosto pela corrida", contou Adriano.
As inscrições para a 21ª edição da São Silvestrinha foram encerradas na semana passada. A prova será realizada neste sábado, na pista do Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa, em São Paulo. As distâncias variam conforme a idade dos competidores: de seis (50m) a 16 anos (600m).
A prova infanto-juvenil já revelou alguns atletas bem sucedidos, como Franck Caldeira, campeão pan-americano de maratona no Rio de Janeiro 2007 e ganhador da edição de 2006 da Corrida Internacional de São Silvestre. O decatleta Carlos Chinin, recordista sul-americano, também participou da corrida.
Com o tempo de 49min19s, Adriano Pacheco foi o 39º colocado na edição de 2013 da prova principal. Aos 26 anos, o corredor já tem presença garantida na Elite A da corrida de 2014 e espera conseguir um lugar entre os 20 primeiros no próximo dia 31 de dezembro.
“Nesse ano, quero brigar para completar a São Silvestre na casa dos 47 minutos e terminar no top 20. Os africanos vão estar presentes, mas estou fazendo uma preparação muito boa”, afirmou o atleta, com um carinho especial pela tradicional corrida paulistana.
Atualmente, Adriano Pacheco comanda uma assessoria esportiva que leva seu nome e atende os pupilos no Parque da Independência, ao redor do Museu do Ipiranga. Os alunos geralmente vêm em busca de qualidade de vida e, influenciados pelos colegas, começam a disputar provas de rua.
No grupo de aproximadamente 40 alunos de Adriano Pacheco, pelo menos 15 participarão da próxima edição da São Silvestre, entre eles seu pai. Experiente, o treinador oferece dicas para os novatos na principal prova pedestre da América Latina.
"Meu pai me incentivou a correr através da São Silvestrinha e agora treina comigo para disputar a São Silvestre. Isso é muito legal. Os cinco primeiros quilômetros do percurso são mais fáceis, porque tem mais descida, mas depois complica. Precisa dosar no começo para ter perna no final", receitou Adriano.