Higor Alves obtém índice para o Rio 2016 e Duda aguarda vaga como cotista - Gazeta Esportiva
Higor Alves obtém índice para o Rio 2016 e Duda aguarda vaga como cotista

Higor Alves obtém índice para o Rio 2016 e Duda aguarda vaga como cotista

Gazeta Esportiva

Por Redação

01/07/2016 às 19:00 • Atualizado: 01/07/2016 às 20:12

São Paulo, SP

Higor Alves saltou 8,19m e se garantiu nos Jogos do Rio de Janeiro (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)
Higor Alves saltou 8,19m e se garantiu nos Jogos do Rio de Janeiro (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)


Surpresa define o que foi o segundo dia do Troféu Brasil de Atletismo, última competição que serve como seletiva para as Olimpíadas do Rio de Janeiro. Na tarde desta sexta-feira, Higor Alves faturou o título nacional do salto em distância com a marca de 8,19m, superando em quatro centímetros o índice olímpico, que não foi atingido pelo bicampeão mundial indoor, Mauro Vinícius da Silva, o Duda.

O favorito a vencer a prova terminou com a medalha de prata ao saltar 8,03m. Duda, agora, torce para permanecer entre os 32 melhores do ranking olímpico para disputar os Jogos como cotista. Os celebrados serão conhecidos no dia 12 de julho.

Higor chegou aos 8,19m logo em sua primeira de seis tentativas, registrando a melhor marca de sua carreira. O recorde anterior do atleta -8,18m - havia sido conquistado em 2014. Duda, por sua vez, abriu a série com um voo de 8,03m, assumindo a segunda posição. Precisando saltar 8,15m para obter a vaga no Rio 2016, o bicampeão mundial indoor queimou dois saltos na sequência. Na derradeira oportunidade, abortou antes mesmo de pular, encerrando sua participação sem o índice.

“Para mim é satisfatório e muito bom, porque a gente mostra que o trabalho que vem sendo realizado está dando certo. Como meu primo me diz ‘trabalhe duro e deixe que seu trabalho faça barulho’. As coisas foram acontecendo no seu devido momento, o primeiro semestre não foi fácil e graças a Deus hoje, no primeiro dia do segundo semestre, as coisas deram uma reviravolta”, celebrou Higor, que ainda revelou que não esperava estar nos Jogos Olímpicos em agosto.

Agora, Higor espera que o bom resultado alcançado e a vaga para as Olimpíadas no Brasil traga mais apoio para ele, que recebe hoje apenas um suporte da Força Aérea Brasileira e um local para treinamento, utilizando o espaço que pertence a Prefeitura de Barueri após o clube se desfazer do projeto que tinha com o atletismo na cidade há um ano.

“O Barueri fechou por completo, as instalações continuam lá por causa da prefeitura, então a gente continua treinando lá porque são lugares públicos. Eu sou praticamente a minha equipe, porque eu pago para estar aqui, pago meu transporte, e tudo isso para mim faz a diferença, você acaba dando valor a coisas pequenas”, completou.

Mesmo sem o índice Duda ainda pode integrar o Time Brasil no Rio 2016. Isso porque ele ficou a um centímetro da marca exigida no Super Salto, disputado em fevereiro, e é o primeiro do ranking fora da zona classificatória. As 32 vagas para cotistas foram estabelecidas pela Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF).

Sem vaga por 1cm

Na versão feminina da prova, Eliane Martins confirmou o favoritismo e ficou com o ouro ao saltar 6,72m, ultrapassando o índice olímpico em dois centímetros. A saltadora, porém, já tinha obtido a marca necessária, assim como Keila Costa, que terminou com o bronze, com 6,56m.

O segundo lugar ficou para Jéssica Reis, que por um centímetro não alcançou a marca classificatória para o Rio 2016. A atleta saltou 6,69m, melhor resultado de sua carreira, mas insuficiente para disputar o principal evento esportivo do mundo.

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