Atletas criticam mudanças no calendário do vôlei de praia - Gazeta Esportiva
Atletas criticam mudanças no calendário do vôlei de praia

Atletas criticam mudanças no calendário do vôlei de praia

Gazeta Esportiva

Por Redação

09/11/2015 às 23:52

São Paulo, SP

Fernanda Berti foi uma das jogadoras a se manifestar contra a mudança do calendário do vôlei de praia (Foto: Divulgação/CBV)
Fernanda Berti foi uma das jogadoras a se manifestar contra a mudança do calendário do vôlei de praia (Foto: Divulgação/CBV)


A mudança anunciada no calendário do vôlei de praia para 2016 trouxe consigo uma enxurrada de críticas e indignações dos atletas. A nova decisão troca três etapas do Circuito Brasileiro por torneios internacionais. Os jogadores não esconderam a insatisfação com a novidade.

A alteração deixará apenas seis etapas no circuito brasileiro. Assim, os atletas que não disputam o Circuito Mundial terão menos chances de competir e acumular pontos. A outra mudança fica por conta do tipo dos torneios, que serão Open, valendo menos pontos que os Grand Slams. Para as duplas mais importantes do país, o resultado é uma perda de pontos no ranking internacional.

"Eu gostaria de pedir desculpas a todo mundo que eu decepcionei neste país por ter largado minha faculdade de nutrição e trancado a de educação física. Por ter conseguido só dar continuidade ao meu curso de inglês para poder entender e argumentar nos jogos com os árbitros estrangeiros e me virar há 11 anos por este mundo afora quando eu não tinha condições de levar uma equipe completa para me ajudar. Por ter optado por tentar trazer medalhas do Mundial e ter dado meu sangue nas Olimpíadas de 2012. Se eu tivesse escutado algumas pessoas no passado, eu seria mais valorizada hoje em dia fazendo outra coisa”, desabafou Maria Elisa, que faz atualmente dupla com Juliana.

Vale ressaltar que a decisão ainda não é oficial. A CBV ainda acertará detalhes do calendário, e segundo o gerente de seleções de vôlei de praia, Franco Neto, a mudança foi feita para “valorizar o produto e dar maior visibilidade à modalidade". Fernanda Berti, que faz dupla com Taiana e vice-campeã mundial, também colocou seu desabafo numa rede social.





#Repost @feberti with @repostapp. ・・・ Há 3 anos aceitei um convite da CBV em migrar do vôlei de quadra para a praia. A proposta apresentada era de um maior investimento no esporte, tornando as competições ainda mais fortes com a vinda de atletas da quadra. Sempre tive uma enorme admiração pelo vôlei de praia, e sou apaixonada pela minha profissão. Hoje posso dizer que tenho orgulho de pertencer a essa classe de "atletas da praia", talvez até mais do que tinha quando jogava na quadra. O esporte é lindo e todo esforço que fazemos para jogá-lo é louvável. Não só o esforço físico,que já é grande , mas também o extra quadra. Há uma grande responsabilidade pois somos responsáveis em administrar toda a equipe. Contamos com a premiação dos torneios devido à dificuldade em conseguir patrocinadores. Acredito que todos os atletas que estão se manifestando estejam magoados pela falta de reconhecimento e dedicação. Nós amamos o que fazemos mas assim como todos os que trabalham, precisamos ter remuneração. Nós atletas queremos continuar fazendo parte de um esporte que é motivo de alegria e orgulho para o nosso país. Merecemos respeito por isso. Jogo vôlei desde os 9 anos e só tenho a agradecer por todos os momentos que passei, bons e ruins. Todos eles me fizeram crescer e evoluir, quero continuar assim.. Crescendo e evoluindo com o vôlei de praia, minha profissão. Meu pedido é que sigam com o pensamento de melhorar e fazer crescer o vôlei de praia. Precisamos de apoio, ajuda e união. #euvivodovoleidepraia #somostodosvoleidepraiabrasileiro #juntossomosmaisforte #bbnosesportes


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