Após a Copa do Mundo, Neymar afirma: ”Não queria ver futebol” - Gazeta Esportiva
Após a Copa do Mundo, Neymar afirma: ”Não queria ver futebol”

Após a Copa do Mundo, Neymar afirma: ”Não queria ver futebol”

Gazeta Esportiva

Por Redação

21/07/2018 às 21:51 • Atualizado: 21/07/2018 às 22:19

São Paulo, SP




O Brasil foi eliminado pela Bélgica, depois de derrota por 2 a 1, nas quartas de final da Copa do Mundo da Rússia. Duas semanas depois, o astro brasileiro Neymar quebrou o silêncio. O jogador garante que ficou chateado com a queda da Seleção Brasileira e que sequer queria estar perto da principal companheira: a bola.

“Não queria ver bola na minha frente. Não queria ver futebol”, afirmou em entrevista a Agence France-Presse (AFP). Neymar esclareceu que voltou aos holofotes porque "a tristeza não pode durar mais para sempre". O jogador mais caro da história estava em seu instituto na Praia Grande para prestigiar um torneio de um patrocinador.

Além do Mundial, a próxima temporada do Paris Saint-Germain, agora sob o comando de Thomas Tuchel também foi pauta. O atacante garante que tem grandes expectativas e celebrou a contratação do experiente goleiro Buffon.

“Recebemos uma lenda do futebol com toda sua experiência, tenho certeza que vai nos ajudar muito nessa temporada”, disse Neymar.

Por fim, o camisa 10 do PSG e do Brasil comentou sobre as críticas recebidas na Copa e a fama de “cai-cai” que tomou proporções mundiais. “Fui para ganhar e meus adversários obviamente que não iriam me deixar tranquilo, não iam me deixar passar sem me tocarem, sem fazerem as faltas. Eles sabem que se não fizerem as faltas eu vou parar no gol”, pontuou.

A expectativa é de que Neymar retorne de férias para participar dos compromissos do Paris, que realiza uma série de amistosos. O primeiro jogo oficial na temporada será no dia 4 de agosto, contra o Monaco, pela Supercopa da França.

Confira a entrevista completa de Neymar para a Agence France-Presse (AFP)

Pergunta: Qual foi o impacto da Copa do Mundo para você?

Resposta: "É difícil responder essa pergunta, era um sonho. Não só meu, mas de 23 atletas, fora a comissão e milhões de brasileiros. Então a tristeza é muito grande, ninguém está mais triste do que eu e meus companheiros, mas também é o aprendizado de ter disputado mais uma Copa do Mundo e saber o quanto é difícil chegar ao seu sonho. Mas a gente tira uma lição grande também de ter feito parte do grupo. Foi uma honra ter participado de cada dia com aquele elenco".

P: Você chegou falar que era difícil reunir forças após a eliminação. Você pensou em parar de jogar?

R: "Parar não, mas não queria ver bola na minha frente, não queria ver futebol, porque queria me desligar um pouco de tudo. Tive meus momentos de luto, de tristeza, de ficar eu só. Não queria ver mais ninguém, mas a tristeza não pode durar mais para sempre porque tenho meu filho, minha família, meus amigos que não gostam de me ver triste. Eu tenho muito mais motivos para estar feliz do que triste".

P: Você sente que as críticas pegaram mais pesado em quem sofria a falta do que quem fazia?

R: "(Risos) Isso é verdade, acho que é a primeira pessoa que faz essa pergunta e pensa no raciocínio certo. Acho que pegaram no pé de quem sofre a falta, e não de quem faz, porque quem faz passou ileso. Não fui para a Copa do Mundo para ficar sofrendo falta, fui para ganhar. Meus adversários obviamente que não iriam me deixar tranquilo, não iam me deixar passar sem me tocar, sem fazer as faltas, porque eles sabem que se não fizerem as faltas eu vou parar no gol. Acho que foi exagerado sim, mas já estou acostumado com tudo isso, já estou bem grande, né, já sei lidar muito bem com as criticas".

P: Existe muita pressão nos ombros do Neymar?

R: "Não, pressão é para todo mundo que joga futebol. Claro que existem dois pesos quando são relacionados ao meu nome, eu sei disso. A responsabilidade que eu tenho, não só na seleção mas nos clubes que eu joguei, sempre foi muito grande. Desde que tinha 17 anos, 18, quando fui para a seleção, eu já sabia da cobrança que iria ter e me preparei para isso. Sei muito bem que quando os resultados não vêm a crítica e a cobrança são maiores".

P: Houve conversas com outros times?

R: "Não não, especulações só, da imprensa, quem inventa essas histórias. Acho que tem de começar a perguntar para eles, que parece que sabem mais do que eu da minha vida. Eu não posso ficar respondendo essas perguntas porque não houve nada".

P: Quais as expectativas com o PSG na próxima temporada?

R: "A expetativa é grande, recebemos uma lenda do futebol, com toda sua experiência, tenho certeza de que vai nos ajudar muito nesta temporada. Então fico muito feliz não só com ele, com o treinador também, que é uma grande pessoa, um grande treinador, então juntos a gente espera poder fazer um grande trabalho nesta temporada".

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