“Não foi distração. Dominei a bola e olhei para baixo e para a frente para tocar. Quando vi, o jogador do São Paulo já estava em cima. Ainda chutei. Infelizmente, bateu nele. Aí, só perguntei a Deus por que comigo, um cara que trabalha muito”, lamentou Paes, tentando se recompor. “São coisas que acontecem. Não devemos ficar perguntando para Deus, e sim pensar no que fizemos de errado.”
Paes não conseguia parar de pensar no que havia feito de errado no Morumbi. “É muito difícil. A gente vem trabalhando muito para dar a volta por cima no futebol e acontece uma eliminação dessa, em que tenho parcela de culpa”, disse.
O goleiro foi consolado por seus companheiros de São Caetano no gramado e no vestiário. Também recebeu uma mensagem de incentivo da esposa, com quem sairia do estádio.
“Eles me apoiaram porque trabalho muito. Sou o primeiro a chegar e o último a sair dos treinos. Não tenho tempo ruim para trabalho. Só que é um momento muito difícil. A gente sonhava com a classificação. Agora, tenho que ir para perto da família. Neste momento, os amigos são poucos. É mais gente criticando. Então, vou olhar para os meus filhos e para a minha esposa. É dali que vou tirar força”, afirmou.
Reserva nos princípios desta temporada e da anterior, Paes tem 35 anos e contrato com o São Caetano válido até 31 de maio. O goleiro já teme pelo seu futuro. “Um erro sempre prejudica. Queira ou não, existe uma fama de eu sempre esperar outro jogar para ter uma oportunidade. Não sei o que vai acontecer, o que o São Caetano tem para mim. Sei das minhas qualidades, mas o momento é difícil. A cabeça está muito complicada ainda”, comentou.