A Seleção Brasileira de futebol feminino segue em busca do ouro olímpico inédito. Uma das jogadoras mais experientes do elenco, a zagueira e volante Erika irá participar de sua terceira Olimpíada seguida. Mesmo com tanta experiência, a jogadora do PSG revelou que ficou surpresa com a convocação.
"Eu não esperava (a convocação), claro que estava na ansiedade. Mas foi totalmente diferente, foi uma convocação de Olimpíada de surpresa, de tensão e acho que com outro tipo de emoção. Acho que foi muito mais gostoso por saber que estamos trabalhando há muito tempo e saber que outras jogadoras têm a qualidade de poder ir. Mas, dessa vez é chato de não estar todo mundo junto", disse Erika em entrevista ao site oficial da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Apenas 18 jogadoras foram chamadas pelo técnico Vadão para a disputa dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, que tem início no dia 05 de agosto. Depois de dois Jogos e uma medalha de prata, Erika espera que o fato de jogar em casa possa fortalecer o elenco.
"A gente tem que aproveitar essa oportunidade agora, que está sendo aqui no nosso país, que as pessoas vão assistir e acompanhar mais ainda. Todo mundo vai estar junto e a gente tem que aproveitar, colocar a bola para frente e trabalhar, fazer o que a gente mais gosta e acabou. Não tem que pensar muito no que vai acontecer depois, vamos viver o momento e acabou", afirmou.
Emocionada, Erika lembrou de um momento marcante de sua participação nos Jogos de Pequim 2008, quando conquistou a medalha de prata. Em duelo contra a Alemanha, a jogadora sofreu após falhar em um lance crucial na partida.
"Lembro de uma que é até chato, mas ao mesmo tempo foi de extrema importância na minha vida. Foi contra a Alemanha, que acabamos ganhando por 4 a 1. O primeiro gol foi da Prinz em uma falha minha, que eu não sabia se dominava ou chutava a bola espirrada, e ela veio e atropelou. Respirei e falei ‘caramba, por que comigo?’. Na hora pedi a Deus que me fizesse esquecer aquilo e me desse segurança e foco completo porque ainda tinha muito tempo de jogo. No vestiário, o Jorge (Barcellos, treinador) deu uma bronca, mas uma bronca... e aí, na metade da bronca, a Daniela Alves virou e falou: ‘Jorge, dá uma segurada aí. A gente entende que foi uma falha individual, mas estamos juntos com você e fica tranquila, porque vamos virar esse jogo’. Deu cinco minutos e as meninas, que entraram nervosonas (sic) no jogo, começaram. Foi um gol atrás do outro e conseguimos virar. A partir daí fui bem melhor na partida. Foi de uma aprendizagem top, não tenho o que falar. Isso eu nunca vou esquecer na minha vida", contou.
