Não bastasse a possível sanção pensada pela Uefa aos torcedores do Benfica, por conta de sinalizadores atirados no estádio Vicente Calderón, durante confronto contra o Atlético de Madri, pela Liga dos Campeões, o atual campeão português voltou à pauta nos bastidores agora em esfera nacional. O presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, acusou o rival de recompensar árbitros com ‘mimos especiais’.
Em participação em um programa da emissora TVI nesta terça, o presidente do Sporting, que conseguiu tirar Jorge de Jesus do Benfica no início da temporada, denunciou o Benfica por presentear árbitros que apitariam jogos no Estádio da Luz, chegando a gastar 250 mil dólares (cerca de R$ 1,1 milhão) anualmente com tais mimos. Entretanto, Bruno de Carvalho não foi explícito ao relacionar os gastos com favorecimento na arbitragem.
O presidente do Sporting disse ter recebido de uma fonte anônima um exemplar dos brindes que seriam dados aos árbitros ainda no vestiário do Estádio da Luz. No programa de auditório, Bruno apresentou uma caixa de presente com o rosto de Eusébio – ídolo do Benfica – impresso. Dentro do compartimento, uma camisa festiva e quatro convites para um jantar em um restaurante de Lisboa.
Pedindo às autoridades portuguesas medidas investigativas que se certifiquem de que tais medidas são corretas, Bruno de Carvalho alegou que o pacote de mimos é entregue aos quatro árbitros (árbitro, auxiliares e quarto árbitro), aos dois delegados do jogo e ao observador recomendado pela Federação Portuguesa de Futebol.
Ao tomar conhecimento das polêmicas declarações por parte do presidente do Sporting, José Manuel Antunes, antigo vice-presidente do Benfica, defende que as Águias devem apresentar uma representação legal contra Bruno de Carvalho frente às acusações. “Defendo um processo criminal, sobretudo pela questão de se gastar dinheiro para comprar árbitros. O Benfica não pode deixar de apresentar uma queixa-crime diante dessa afirmação gravíssima”, declarou.
